As vendas de títulos públicos a investidores pessoa física pelo Tesouro Direto somaram R$ 7,26 bilhões em julho, resultado que representa o maior montante já registrado para o mês desde o início da série histórica, informou o Tesouro Nacional nesta terça-feira (26).
O valor negociado superou em 25,93% o observado em junho, quando foram vendidos R$ 5,77 bilhões, e ficou 12,89% acima de julho de 2023. O recorde absoluto do programa, contudo, permanece com março deste ano, quando as vendas chegaram a R$ 11,69 bilhões.
Os papéis corrigidos pela taxa básica de juros concentraram 52,9% das vendas no mês passado. Em seguida apareceram os títulos indexados ao IPCA, com 24,6%, e os prefixados, que responderam por 10,9%.
Lançado no início de 2023 para complementar a poupança de aposentadoria, o Tesouro Renda+ representou 10% das vendas, primeira vez que supera essa marca. Já o Tesouro Educa+, criado em agosto de 2023 para financiar estudos superiores, respondeu por 1,7%.
O estoque total de títulos mantidos no Tesouro Direto alcançou R$ 185,74 bilhões ao fim de julho, aumento de 2,99% ante o mês anterior e de 27,76% em 12 meses. O avanço resulta tanto da correção dos papéis pelos juros como do fluxo líquido positivo de R$ 3,68 bilhões (vendas menos resgates) no período.
O programa ganhou 253.621 novos participantes em julho e passou a contar com 32.988.974 cadastrados, alta de 12,6% em um ano. Entre eles, 3.099.164 mantêm operações ativas, número 16,5% maior que o registrado 12 meses antes.
Imagem: infomoney.com.br
Pequenos aportes continuam predominando: 79,3% das 969.001 operações envolveram valores de até R$ 5 mil, enquanto aplicações de até R$ 1 mil representaram 54,9%. O valor médio por operação foi de R$ 7.494,38.
Quanto ao prazo, títulos com vencimento em até cinco anos corresponderam a 39,4% das vendas; aqueles entre cinco e dez anos, a 40%; e os de mais de dez anos, a 20,5%.
Criado em janeiro de 2002, o Tesouro Direto permite que pessoas físicas comprem títulos públicos pela internet, pagando apenas a taxa de custódia da B3. A captação via venda de títulos ajuda o governo federal a financiar suas obrigações, oferecendo ao investidor remuneração vinculada à Selic, à inflação ou a uma taxa prefixada.