Um levantamento feito pelo InfoMoney a partir das carteiras de dividendos de dez grandes corretoras apontou mudanças significativas na lista de ações mais indicadas para setembro de 2025. O giro de papéis retirou Itaú (ITUB4), Vale (VALE3), Vivo (VIVT3) e Cemig (CMIG3), enquanto Copasa (CSMG3) estreia entre as cinco favoritas. A Petrobras (PETR4) segue no topo do ranking.
Entre janeiro e agosto, o Índice de Dividendos (IDIV) da B3 acumulou ganho de 16,27%, superando vários referenciais de renda fixa. Para sustentar rendimentos acima desses títulos, analistas recomendam ajustes periódicos na composição da carteira – movimento refletido nas recomendações de setembro.
A relação de ações preferidas para o mês e o dividend yield (DY) dos últimos 12 meses, apurado até 29 de agosto, ficou assim:
• Petrobras (PETR4): 6 indicações – DY de 16,71%
• Copasa (CSMG3): 4 indicações – DY de 7,59%
• Caixa Seguridade (CXSE3): 4 indicações – DY de 10,10%
• Direcional (DIRR3): 4 indicações – DY de 13,42%
• Copel (CPLE6): 4 indicações – DY de 8,09%
As recomendações foram compiladas de BTG Pactual, Terra Investimentos, BB Investimentos, XP, Genial, Santander, Planner, Itaú BBA, Ativa Investimentos e Economatica.
Petrobras – Mesmo com o sentimento ainda negativo para o setor de commodities, o BTG Pactual mantém visão favorável sobre o papel. O banco projeta que a produção atinja o teto do guidance em 2025 e que as despesas de capital diminuam em 2026, fatores que sustentariam fluxo de caixa livre capaz de gerar dividendos entre 10% e 11% ao ano.
Copasa – A XP reforça a tese de investimento na estatal mineira diante da perspectiva de privatização. Para os estrategistas, conforme o processo avança, o mercado tende a precificar a companhia mais próxima de concorrentes já privatizadas, caracterizadas por maior eficiência e rentabilidade.
Imagem: REUTERS via infomoney.com.br
Caixa Seguridade – Analistas da Terra Investimentos destacam resultados recorrentes robustos e retorno consistente, vendo espaço para valorização adicional das ações.
Direcional – De acordo com o BTG Pactual, a construtora administrou bem custos nos últimos anos, diferentemente de outras empresas do setor. Embora o preço do papel já não seja considerado uma pechincha, o banco mantém recomendação de compra graças ao bom momento operacional e aos dividendos atrativos.
Copel – O Santander enfatiza a nova política de dividendos da elétrica e sua sólida estrutura de capital. Para o banco, a combinação de avaliação razoável e perfil de risco baixo justifica a inclusão do papel nas carteiras de renda.
Com essas mudanças, investidores encontram orientação atualizada para compor portfólios focados em geração de proventos, acompanhando as expectativas de mercado para cada companhia.