Governo avalia troca no comando dos Correios; PT deve manter controle apesar da pressão do Centrão

Mercado Financeiro19 horas atrás7 pontos de vista

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva busca um novo nome para presidir os Correios após o agravamento da crise financeira da estatal no primeiro semestre deste ano. Partidos do Centrão pleiteiam a indicação, mas a tendência no Palácio do Planalto é manter a empresa sob influência do PT.

O atual presidente da companhia, o advogado Fabiano Silva dos Santos, permanece no cargo mesmo após manifestar intenção de deixar a função. Considerado próximo de Lula, ele enfrenta críticas da oposição e de integrantes do próprio governo.

Durante a gestão de Fabiano, foi lançado um plano de diversificação de negócios para elevar a receita. Os resultados, porém, seguem negativos: no primeiro semestre o prejuízo alcançou R$ 4,3 bilhões, dos quais R$ 2,6 bilhões apenas entre abril e junho. No período, as receitas somaram R$ 8,9 bilhões — R$ 1 bilhão a menos que no mesmo intervalo de 2024 —, enquanto as despesas chegaram a R$ 13,4 bilhões.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, vem cobrando redução de custos na estatal. Já o ministro das Comunicações, Frederico Siqueira Filho, evita comentar o assunto; assessores e parlamentares aliados, no entanto, dão como certa a substituição no comando. Siqueira Filho presidiu a Telebras e foi indicado ao governo pelo ex-ministro Juscelino Filho (União Brasil-MA), que deixou o cargo após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República por supostos desvios em emendas parlamentares.

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Imagem: redir.folha.com.br

No Planalto, interlocutores avaliam que o recente acordo entre Progressistas e União Brasil — que formou uma das maiores bancadas do Congresso em oposição ao governo — aumentou a pressão pela votação do projeto de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reuniu ministros ligados ao Centrão para cobrar apoio ao Planalto dentro dos partidos.

Segundo assessores presidenciais, a tendência é reduzir o espaço do Centrão na estrutura federal, o que dificultaria a indicação de um nome vinculado ao União Brasil para a presidência dos Correios.

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