NOVA YORK – A Klarna abriu capital na quarta-feira com valor de mercado de US$ 19,5 bilhões, levantando US$ 1,37 bilhão em sua oferta pública inicial (IPO).
As ações da empresa de “compre agora, pague depois” começaram a ser negociadas a US$ 52, acima do preço estimado de US$ 40, e encerraram o dia com alta superior a 30%.
Para o presidente-executivo Sebastian Siemiatkowski, a estreia foi um “momento muito especial” e representa, segundo ele, “uma oportunidade de marketing fantástica”. O executivo comentou o resultado em entrevista ao programa The Claman Countdown da emissora Fox Business.
Siemiatkowski afirmou que consumidores nos Estados Unidos buscam opções que evitem o endividamento e os juros altos dos cartões tradicionais. Ele citou estudo segundo o qual 20% das famílias norte-americanas, embora em boa situação financeira, enxergam o cartão de crédito como “produto do diabo”. Esse grupo prefere parcelamentos fixos e, eventualmente, crédito sem juros — perfil que a Klarna pretende atender.
A empresa lançou há seis semanas um cartão de débito com bandeira Visa e já registra lista de espera de 5 milhões de interessados. “Se atingirmos esse número, seremos um dos maiores emissores de cartões dos Estados Unidos”, disse o CEO.
Imagem: Maria Lencki FOXBusiness via foxbusiness.com
Segundo Siemiatkowski, a Klarna também oferece vantagem aos lojistas, que pagam pela solução em troca de oferecer aos clientes parcelamento sem juros, o que, de acordo com ele, impulsiona as vendas.
O executivo relembrou ainda sua trajetória modesta e disse que seu principal objetivo é “gerar valor para a sociedade” ao oferecer produtos que considera benéficos para os consumidores.