A Mixue, cadeia chinesa de fast-food especializada em sorvetes e chás, confirmou a instalação de sua primeira loja brasileira no terceiro piso do Shopping Cidade São Paulo, na região central da capital paulista.
Por enquanto, a empresa não divulgou data de inauguração, cardápio nem faixa de preços para o mercado local. Em março, em um ponto da marca na zona noroeste de Pequim, eram oferecidos sorvete na casquinha por 2 yuans (cerca de R$ 1,50), limonada por 4 yuans (R$ 3) e bubble milk tea entre 6 e 8 yuans (de R$ 4,50 a R$ 6, conforme o pedido).
O Shopping Cidade São Paulo já recebeu, em agosto, a primeira loja da fabricante de tecnologia Huawei no país, além de uma pop-up store da banda sul-coreana BTS em junho, que elevou o fluxo de visitantes em 23% na abertura.
Fundada em 1995 como uma banca de raspadinhas pelo então estudante de Finanças e Economia Zhang Hongchao, a Mixue — originalmente chamada Mixue Bingcheng, “palácio de neve doce” em tradução livre — tornou-se franquia voltada a sorvetes, chás, limonadas, smoothies e café de baixo custo.
Em 2025, a rede contabiliza mais de 45 mil unidades distribuídas pela China e por outros 11 países, incluindo Singapura e Tailândia. Para efeito de comparação, o McDonald’s opera pouco mais de 43 mil restaurantes no mundo, e a Starbucks, cerca de 40,5 mil.
A companhia atua principalmente como fornecedora de insumos; quase todas as lojas pertencem a franqueados. Em 2022, o lucro líquido superou US$ 300 milhões.
Imagem: redir.folha.com.br
Em março, as ações da Mixue estrearam na Bolsa de Hong Kong com valorização superior a 40%. A oferta pública inicial arrecadou US$ 444 milhões (aproximadamente R$ 2,3 bilhões), a maior do ano na cidade até o momento.
Durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Pequim, companhias chinesas anunciaram aproximadamente R$ 27 bilhões em investimentos no país, contemplando biocombustíveis para aviação, veículos elétricos, vacinas e redes de alimentação.
Com a estreia da Mixue, o Shopping Cidade São Paulo amplia a lista de marcas asiáticas que utilizam o centro comercial como porta de entrada para o mercado brasileiro.