São Paulo, 11 de setembro de 2025 – Uma série de decisões societárias movimentou o mercado nesta quinta-feira. Entre os principais fatos, a Iberdrola fechou acordo para assumir a participação da Previ na Neoenergia por 1,88 bilhão de euros, enquanto Alpargatas, Oncoclínicas, Light e outras companhias também divulgaram novidades relevantes.
A Iberdrola acertou a compra dos 30,29% detidos pela Previ na Neoenergia por cerca de 1,88 bilhão de euros (R$ 11,9 bilhões), equivalentes a R$ 32,50 por ação. Com a operação, a participação da espanhola na subsidiária brasileira sobe para aproximadamente 83,8% e o acordo de acionistas firmado entre as partes em 7 de junho de 2017 será encerrado.
Em assembleia geral extraordinária, acionistas aprovaram a redução do capital social em R$ 850 milhões. A operação não envolve cancelamento de ações e prevê a devolução de recursos aos investidores.
A Oncoclínicas recebeu carta da gestora Starboard Asset manifestando interesse em negociar uma potencial reestruturação financeira da companhia, por meio de fundo sob sua administração. As condições ainda serão discutidas com a direção da empresa.
A Câmara Superior de Recursos Fiscais (CSRF) decidiu a favor da Light ao anular autuações que questionavam a dedutibilidade de perdas não técnicas – furtos de energia – na base de cálculo do IRPJ e da CSLL referentes a 2016 e 2017, num total de R$ 2,4 bilhões.
A acionista Viviane Maria Pinto Bado, o G5 Artha Fundo de Investimento (do qual ela é a única cotista) e a Ashini Ltda. reduziram sua participação na Marcopolo para menos de 5% das ações ordinárias.
O conselho de administração aprovou convênio com o Banco Daycoval para cessão de crédito e antecipação de pagamentos a fornecedores de até R$ 200 milhões, mediante garantia de ativos avaliados em mais de R$ 50 milhões.
A companhia confirmou aumento de capital de R$ 10 milhões, por meio da capitalização de créditos detidos por credores.
O conselho de administração autorizou o cancelamento de 5.879.200 ações com direito a voto mantidas em tesouraria.
A Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) definiu, na quinta revisão tarifária ordinária, margem máxima (P0) de R$ 1,0280 por metro cúbico para a companhia.
A empresa e seus credores prorrogaram por 12 dias, até 22 de setembro, o acordo de suspensão da exigibilidade de dívidas (standstill).
Em assembleia, os acionistas aprovaram reduzir em R$ 667,3 milhões o capital social da ClientCo, base de clientes de fibra adquirida da Oi, considerado excessivo.
As companhias seguem acompanhando o desdobramento dessas decisões nos próximos dias.