NOVA YORK (11 de setembro de 2025) – O Bitcoin (BTC) voltou a registrar forte volatilidade na abertura de Wall Street desta quinta-feira, alcançando US$ 114.731, o maior nível em três semanas, logo após a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos Estados Unidos.
O CPI de agosto veio em linha com as expectativas, enquanto o Índice de Preços ao Produtor (PPI) divulgado um dia antes mostrou desaceleração mais acentuada. Paralelamente, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego somaram 263 mil, superiores à projeção de 235 mil e o maior patamar desde outubro de 2021.
Combinados, os dados reforçaram as apostas de que o Federal Reserve poderá cortar os juros na reunião de 17 de setembro. De acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, o mercado já precifica 75 pontos-base de redução até o fim do ano, com probabilidade de 11% de um corte superior a 0,25 ponto percentual.
Parte dos participantes do mercado interpreta o cenário macroeconômico como favorável a novos ganhos do Bitcoin. O trader conhecido como Jelle afirmou que, com a inflação “menos preocupante”, o foco se volta para uma retomada de altas.
Para BitBull, a superação de US$ 113,5 mil – antiga resistência agora convertida em suporte – é decisiva para que o ativo reencontre o recorde histórico, situado pouco acima de US$ 117 mil.
Imagem: Imagem destacada – Carteira Top Dividendos XP segue sem mudanças em agosto e acumula alta de 200,8% desde 2018
Outros analistas defendem cautela. O trader Skew observa que livros de ordens mostram cerca de 2 mil BTC em liquidez posicionados para possíveis liquidações, o que poderia provocar um recuo antes de nova tentativa de alta. Já o investidor Ted Pillows lembra que, nas três divulgações anteriores do CPI, o Bitcoin subiu antes do anúncio e caiu logo em seguida, padrão que poderia se repetir.
O movimento desta quinta-feira ocorre após o Bitcoin permanecer abaixo de US$ 114 mil desde 24 de agosto. A rápida reação ao CPI sugere que a inflação segue influenciando a trajetória da criptomoeda, embora a dinâmica do mercado de trabalho se mostre cada vez mais relevante para as decisões do Fed e, consequentemente, para os ativos de risco.
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