Os motoristas nos Estados Unidos deverão destinar, em 2025, a menor parcela de sua renda disponível ao abastecimento de veículos em duas décadas, segundo projeção da Administração de Informação de Energia (EIA).
O órgão estima que menos de 2% da renda pessoal disponível será direcionada à compra de gasolina no próximo ano, abaixo da média de 2,4% registrada na última década e do menor nível observado desde 2005, com exceção de 2020.
A EIA compara a queda anual dos preços da gasolina, iniciada em 2022, com o avanço de 4% ao ano da renda disponível entre 2022 e 2024. O resultado é a redução da participação do gasto com combustível no orçamento das famílias.
Em seu Short-Term Energy Outlook de setembro, a agência prevê que o preço médio do litro da gasolina regular fique em torno de US$ 3,10 por galão em 2025 e caia para US$ 2,90 em 2026. Para comparação, a média de 2024 foi de US$ 3,30. Na quinta-feira, a associação AAA registrou preço médio de US$ 3,19.
“A boa notícia para os consumidores é que estamos vendo valores mais baixos nas bombas e esperamos que a tendência continue ao longo do próximo ano”, afirmou o administrador interino da EIA, Steve Nalley.
Imagem: Daniella Genovese FOXBusiness via foxbusiness.com
Mais da metade do preço da gasolina é influenciada pela cotação do petróleo. A EIA projeta que o Brent caia de US$ 68 por barril em agosto para US$ 59 no quarto trimestre de 2025, chegando a cerca de US$ 50 no início de 2026.
Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), a oferta global deve crescer com o aumento da produção dos países da Opep+ e de produtores independentes. A previsão é de elevação de 2,7 milhões de barris por dia (bpd) em 2025, acima da estimativa anterior de 2,5 milhões, e de mais 2,1 milhões de bpd em 2026.
A expectativa de maior oferta, combinada à demanda estável, sustenta o cenário de preços mais baixos do petróleo e, consequentemente, da gasolina.