O mercado de crédito privado brasileiro vive uma forte migração de recursos para debêntures incentivadas desde a publicação da Medida Provisória 1.303/2025, que prorrogou a isenção de Imposto de Renda para emissões feitas até 31 de dezembro deste ano. Relatório da XP Investimentos indica captação líquida superior a R$ 50 bilhões em 2025, depois do recorde de R$ 100 bilhões registrado em 2024.
Com o aumento da demanda, os prêmios encolheram. O IDEX Infra, índice que acompanha debêntures de infraestrutura, chegou a exibir spreads de –11,5 pontos-base em 2025, patamar inédito. Em alguns casos, papéis AAA passaram a remunerar menos do que títulos públicos equivalentes; ainda assim, a isenção de IR mantém o retorno líquido competitivo para a pessoa física.
Segundo a casa de análise, o cenário provoca três efeitos imediatos:
A XP destaca os Fundos de Renda Fixa Ativo Incentivado como opção para quem busca manter a isenção fiscal, mas quer maior flexibilidade de gestão. Nesses veículos, profissionais compram e vendem títulos conforme a movimentação da curva de juros, buscando ganhos adicionais.
Ao aplicar em um fundo, o investidor adquire cotas que refletem o desempenho da carteira. Cada produto segue política própria descrita em regulamento, onde constam objetivos, riscos e taxas.
Imagem: infomoney.com.br
Entre os fundos voltados a debêntures incentivadas, quatro se destacam pelos diferentes valores de entrada e estrutura de custos:
Além das taxas de administração e performance, fundos podem cobrar custos de saída e estão sujeitos a IOF em resgates até 30 dias. Não existe cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Entre os principais riscos estão:
Antes de investir, especialistas recomendam a leitura do regulamento e do prospecto de cada fundo, documentos disponíveis nos canais oficiais das gestoras.