Washington, 25 abr. — O ex-diretor de grandes empresas de tecnologia Dave Marra afirmou que a cultura corporativa “woke” quase comprometeu a sociedade norte-americana e defendeu a necessidade de redirecionar a inovação para trabalhadores e militares. Agora à frente da Rivet Industries, Marra acaba de firmar um contrato de US$ 195 milhões com o Exército dos Estados Unidos para desenvolver o sistema Soldier Borne Mission Command.
O Soldier Borne Mission Command integra dados de soldados, sensores e equipamentos de missão para criar um panorama operacional único, mesmo em ambientes com pouca luz, poeira intensa e comunicações degradadas. Segundo Marra, a meta do Departamento de Guerra é oferecer consciência situacional completa a cada combatente.
A Rivet afirmou ter aplicado capital próprio no desenvolvimento do projeto antes mesmo de receber o documento oficial de requisitos do Exército. A estratégia, de acordo com o executivo, foi alinhar o produto às prioridades militares antes da remuneração.
Marra vê a corrida por inteligência artificial (IA) como ponto central da competição entre Estados Unidos e China. Ele destacou que empresas de tecnologia apoiadas por governos estrangeiros representam adversários que não seguem lógicas de mercado tradicionais.
O Exército conduz um programa de modernização avaliado em US$ 36 bilhões, liderado pelo secretário Pete Hegseth, para enfrentar desafios no Indo-Pacífico. Até 2026, as dez divisões de combate ativas deverão receber cerca de 1 000 drones cada, substituindo gradualmente aeronaves tripuladas por sistemas autônomos.
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Com mais de dez anos de experiência no setor de tecnologia, Marra disse ter testemunhado o surgimento do que chama de “vírus woke”, fenômeno que, em sua visão, desviou a atenção das empresas de prioridades essenciais. Ele defende contratações e escolhas eleitorais baseadas em mérito como forma de manter a liderança dos Estados Unidos.
O CEO também ressaltou que as mesmas soluções de IA podem beneficiar profissionais que garantem serviços básicos, como energia, água potável e transporte. Para ele, a tecnologia deve acompanhar quem mantém a infraestrutura crítica do país.