O Senado dos Estados Unidos aprovou, por 48 votos a 47, a indicação de Stephen Miran para o Conselho de Governadores do Federal Reserve (Fed). A votação, praticamente dividida entre as legendas, ocorreu nesta segunda-feira em uma Casa controlada pelos republicanos.
Miran, que preside o Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, deve se apresentar já nesta terça-feira à sede do Fed em Washington, onde a autarquia inicia reunião de dois dias que definirá a política monetária norte-americana. O Federal Open Market Committee (FOMC) volta a se reunir em 16 de setembro, com expectativa de redução da taxa básica de juros.
Indicada pelo presidente Donald Trump em 7 de agosto, a nomeação preenche a vaga deixada pela ex-governadora Adriana Kugler, que renunciou no mês passado. Miran completará o restante do mandato, válido até 31 de janeiro de 2026.
Durante a sabatina em 4 de setembro, o economista se comprometeu a tirar licença não remunerada da Casa Branca enquanto permanecer no colegiado do Fed, órgão responsável por traçar os rumos da política monetária do país.
Miran chega ao banco central em meio à pressão de Trump para que a taxa básica seja reduzida a 1% a fim de incentivar o crescimento. Sob a liderança do presidente do Fed, Jerome Powell, o juro está atualmente entre 4,25% e 4,5%.
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A confirmação ocorre enquanto a ex-governadora Lisa Cook processa Trump na Justiça Federal para tentar manter seu assento. Ela foi destituída em 25 de agosto, após o governo alegar possível fraude hipotecária envolvendo três empréstimos concedidos em 2021, antes de sua indicação pelo então presidente Joe Biden.
Cook entrou com ação em 28 de agosto contra Trump, o Conselho do Fed e Jerome Powell. Em 4 de setembro, o Departamento de Justiça abriu investigação criminal sobre o caso. Seu advogado, Abbe Lowell, nega qualquer irregularidade.
Se a remoção de Cook for mantida, Trump passará a ter indicado a maioria dos integrantes do Conselho do Fed.