Desemprego atinge 5,6% em julho, salários crescem 3,8% e pressão sobre inflação permanece limitada

Mercado Financeiro4 horas atrás7 pontos de vista

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A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,6% em julho, menor patamar da série iniciada em 2012. Ao mesmo tempo, o rendimento médio real do trabalho avançou 3,8% em relação a julho de 2024 e 8,74% nos últimos 24 meses, indicam dados oficiais.

O número de pessoas ocupadas, medido como proporção da população em idade de trabalhar, também bateu recorde desde o início da série. Segundo economistas, o mercado de trabalho atravessa a melhor fase em décadas.

Salários em perspectiva histórica

Na comparação com julho de 2019, antes da pandemia, o rendimento real subiu 9,7%. No mesmo período de seis anos, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita aumentou pouco mais de 9% e o PIB total registrou alta de aproximadamente 14%.

Inflação desacelera lentamente

Apesar do recuo do desemprego, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) continua em trajetória de queda, embora em ritmo moderado. A valorização do real frente ao dólar, influenciada pelos juros elevados, ajuda a conter os preços. Ainda assim, a inflação de serviços permanece acima de 6% em 12 meses.

Especialistas lembram que, em 2023, muitos acreditavam que uma taxa de desemprego abaixo de 8% pressionaria a inflação. Com o nível atual em 5,6% e o IPCA recuando, essa avaliação vem sendo revisada.

Serviços puxam a atividade

Setores como tecnologia da informação e telecomunicações sustentam a expansão dos serviços, segmento que segue resiliente desde 2022. Mesmo assim, erros sucessivos nas projeções de PIB revelam dificuldade em explicar o desempenho recente da economia.

Desemprego atinge 5,6% em julho, salários crescem 3,8% e pressão sobre inflação permanece limitada - Imagem do artigo original

Imagem: redir.folha.com.br

Desafios estruturais

O avanço da atividade ocorre em meio a um quadro fiscal considerado frágil, com aumento de déficits e da dívida pública. Analistas alertam que juros altos, subsídios de crédito, carência de investimentos em infraestrutura, problemas no setor elétrico e deficiências educacionais seguem limitando o crescimento potencial.

Enquanto reformas estruturais, como a tributária, não saem do papel, a combinação de desemprego baixo, ganhos salariais e inflação controlada indica que a economia pode operar com maior utilização da força de trabalho do que se estimava até poucos anos atrás.

A evolução desses indicadores nos próximos meses será decisiva para definir a direção da política monetária e as projeções de crescimento.

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