Rio de Janeiro – Ao menos 1.282 municípios brasileiros gastaram mais com a estrutura administrativa do que arrecadaram em 2024, segundo a nova edição do IFGF (Índice Firjan de Gestão Fiscal), divulgada nesta quinta-feira (18).
O levantamento avaliou 5.129 prefeituras. O grupo sem capacidade de bancar despesas como salários de prefeitos e vereadores representa 25% do total analisado.
Nessas cidades, a atividade econômica local não gera receita suficiente por meio de impostos e outras fontes. Para equilibrar as contas, elas recorrem principalmente ao FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e a outras transferências da União.
Embora elevado, o percentual de 25% é o menor desde o início da série do IFGF, em 2013. No estudo de 2023, o índice era de 30,5%.
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No indicador específico de autonomia, que compara a receita local com o custo da máquina pública, os 1.282 municípios receberam nota zero. “A receita própria fica abaixo das despesas administrativas, tornando indispensáveis os repasses federais”, informou a Firjan.
O IFGF utiliza dados declarados pelas próprias prefeituras e consolidados pela STN (Secretaria do Tesouro Nacional). Em 2024, 439 cidades não foram incluídas por falta ou inconsistência de informações enviadas à base federal.