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Gestor da Novus Capital avalia que Lula pode não concorrer em 2026 e vê espaço para rali no mercado

Estratégias de investimento43 minutos atrás6 pontos de vista

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O sócio da Novus Capital, Luiz Eduardo Portella, afirmou acreditar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tentará a reeleição em 2026. A análise foi feita durante participação no podcast Stock Pickers, apresentado por Lucas Collazo, que também contou com a presença de Rafael Gama, da Grifo Asset.

Segundo Portella, Lula pode optar por preservar a própria trajetória política diante de um cenário em que não exista risco de retorno da “direita maluca”, expressão usada pelo gestor para se referir à família Bolsonaro e a governadores como Romeu Zema (Novo-MG) e Ronaldo Caiado (União-GO). “Acho que o Lula nem vem”, disse, ao ponderar que a dificuldade de conquistar votos em estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, além de possíveis perdas no Nordeste, tornaria a disputa arriscada.

Para o gestor, o petista só manteria a candidatura caso estivesse em plena saúde e enxergasse essa ala da direita com chances reais de vitória. Nesse contexto, a decisão de concorrer seria uma tentativa de impedir o retorno do grupo ao Planalto.

Articulação de centro-direita

Portella destacou a movimentação de nomes como Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, e Eduardo Paes (PSD), prefeito do Rio de Janeiro, que busca aproximar-se de lideranças evangélicas. Em Minas Gerais, a expectativa é pela formação de uma candidatura única de centro-direita. A combinação desses movimentos, disse, pode resultar em uma chapa apoiada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, mesmo que ele permaneça inelegível.

Efeito nos ativos brasileiros

A antecipação do debate eleitoral, na avaliação do sócio da Novus Capital, tem sustentado o humor do mercado apesar das incertezas fiscais. Um candidato competitivo da centro-direita, afirmou, tende a animar investidores e ajudar na valorização de ações brasileiras.

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Imagem: infomoney.com.br

Portella observou que a Bolsa local está defasada em relação a outros mercados globais. Para ele, a formação de um quadro político mais previsível pode provocar queda nos juros longos para perto de 10% ao ano e impulsionar um rali nos preços dos ativos. “O mercado está muito leve, ninguém tem Bolsa”, comentou, acrescentando que fundos macro já ampliam posições em ações.

O gestor lembrou que a indústria de fundos multimercados encolheu 65%, o que deixaria o mercado acionário ainda mais descontado. Uma melhora no ambiente político, combinada à expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve até o fim do ano, poderia atrair capital estrangeiro e fortalecer o chamado “kit Brasil” — pacote que reúne Bolsa, juros longos e câmbio.

“A gente está bem animado e estamos posicionados para isso. Se esse cenário se confirmar, veremos um rali muito grande”, concluiu.

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