A segunda geração dos óculos inteligentes Ray-Ban Meta começa a ser vendida no Brasil nesta terça-feira (23) por R$ 3.299, marca a estreia oficial do produto no país.
Lançado pela Meta em parceria com a fabricante de óculos Ray-Ban, o dispositivo foi apresentado em 17 de setembro, nos Estados Unidos. O novo modelo traz bateria de até oito horas — o dobro da versão de 2023 — e captura de vídeo com resolução superior. Nos EUA, o preço subiu de US$ 299 para US$ 379 (cerca de R$ 2.000).
“Este lançamento é um marco tanto para o setor de eyewear quanto para o de eletrônicos no Brasil”, afirmou Giorgio Pradi, presidente da EssilorLuxottica no país, em nota.
Dados da consultoria IDC apontam que o Ray-Ban Meta de primeira geração é o óculos inteligente mais vendido do mundo, com milhões de unidades comercializadas. O sucesso se deve, em grande parte, à adoção por criadores de conteúdo, que conseguem gravar vídeos em primeira pessoa; um LED branco acende na haste quando a câmera está ativa.
Além da gravação de vídeos, o dispositivo oferece comandos de voz com inteligência artificial e reprodução de músicas por meio de alto-falantes embutidos nas hastes. A atualização também incorporou o português ao recurso de tradução simultânea, que já suporta inglês, francês, italiano e alemão.
No mesmo evento, Mark Zuckerberg anunciou o Ray-Ban Display, variante equipada com um pequeno visor na lente direita para exibir notificações e prévias de fotos ou vídeos. O modelo custará a partir de US$ 799 (R$ 4.240, sem impostos) e chega ao mercado norte-americano em 30 de setembro.
Esse óculos acompanha uma pulseira capaz de reconhecer gestos das mãos, permitindo selecionar respostas rápidas no WhatsApp e rolar o feed do Instagram. De acordo com a Meta, a tela fica levemente deslocada para não comprometer a visão, desaparecendo após alguns segundos sem uso e permanecendo praticamente invisível para observadores externos.
Imagem: redir.folha.com.br
Durante a apresentação, Zuckerberg classificou os óculos como um passo rumo à “superinteligência” pessoal, argumentando que o formato mantém o usuário presente no ambiente enquanto oferece recursos de IA para comunicação, memória e percepção.
Embora a Meta esteja entre as pioneiras em óculos inteligentes, a empresa ainda corre atrás de rivais como OpenAI e Google no desenvolvimento de modelos avançados de IA. Para reduzir a distância, Zuckerberg tem recrutado engenheiros da concorrência e prometeu investir dezenas de bilhões de dólares em chips de última geração.
A IDC projeta que, em 2025, as remessas globais de headsets de realidade aumentada/virtual e óculos inteligentes sem display crescerão 39,2%, alcançando 14,3 milhões de unidades. A linha Ray-Ban deve responder por parcela significativa dessa demanda.
No Brasil, o Ray-Ban Meta de 2ª geração será vendido nos sites da Ray-Ban e da Meta, além de lojas selecionadas da EssilorLuxottica.