WASHINGTON – A divisão Skunk Works, da Lockheed Martin, revelou um novo projeto de drone de combate furtivo, batizado de Vectis, com a meta de manter a superioridade aérea dos Estados Unidos.
Segundo a empresa, o Vectis foi concebido para atuar de forma autônoma ou em conjunto com caças como o F-35 Lightning. A plataforma executará missões de ataque de precisão, inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR), guerra eletrônica e operações de defesa e ataque aéreo.
O vice-presidente e gerente-geral da Skunk Works, OJ Sanchez, afirmou que o programa reúne experiência em integração de sistemas complexos, desenvolvimento de caças avançados e soluções de autonomia. Ele destacou que o objetivo é criar uma estrutura de drone “altamente capaz, personalizável e acessível”.
O desenvolvimento já está em andamento, com a intenção de construir e colocar o Vectis em voo dentro de dois anos. A Skunk Works disse estar investindo recursos financeiros e equipe para testar sistemas robustos e garantir compatibilidade com os planos conjuntos das Forças Armadas dos EUA e de nações aliadas.
O anúncio ocorre após o ex-presidente Donald Trump assinar, em junho, uma ordem executiva que acelera a integração de sistemas de aeronaves não tripuladas (UAS) ao espaço aéreo nacional. O documento ressalta que os drones aumentam a produtividade, geram empregos qualificados e transformam o futuro da aviação, além de reduzir a dependência de fornecedores estrangeiros.
A mesma ordem defende a ampliação da produção doméstica, a expansão das exportações de tecnologias norte-americanas e o estímulo a operações rotineiras de drones. O texto também menciona o avanço de aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical (eVTOL) para transporte de cargas e passageiros.
Imagem: Daniella Genovese FOXBusiness via foxbusiness.com
Em julho, o secretário de Guerra Pete Hegseth emitiu uma diretriz revogando políticas consideradas restritivas ao setor e delegando às unidades militares maior autonomia para adquirir e operar drones. Ele argumentou que, enquanto adversários produzem “milhões de drones baratos” por ano, as forças norte-americanas ainda carecem de equipamentos letais de pequeno porte adequados ao campo de batalha moderno.
No Congresso, republicanos cobraram uma revisão ampla sobre o uso de drones chineses após a ordem executiva de Trump. O deputado John Moolenaar (Michigan) reforçou as preocupações de segurança em entrevista televisiva, citando tanto a infiltração de equipamentos fabricados na China quanto a presença de empresas do país asiático listadas em bolsas dos EUA.
A Lockheed Martin não divulgou valores de investimento nem cronograma detalhado das próximas fases do Vectis, mas reiterou o compromisso de entregar uma solução confiável, de rápida produção e custos competitivos para os militares norte-americanos e aliados.