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Empresas com tesouro em criptomoedas repetem riscos vistos na bolha pontocom, alerta executivo

Criptomedas6 dias atrás17 pontos de vista

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São Paulo — A crescente onda de companhias que estocam criptomoedas em seus caixas pode desencadear uma correção semelhante ao colapso das empresas de internet no início dos anos 2000, afirmou Ray Youssef, fundador da plataforma de empréstimos peer-to-peer NoOnes, em entrevista ao Cointelegraph.

Segundo Youssef, o entusiasmo exagerado que levou investidores a despejar recursos em negócios de tecnologia na virada do milênio não desapareceu; apenas migrou para a narrativa dos cripto-tesouros. “A corrida por capital fácil atrai entusiastas, oportunistas e sonhadores, porque visões futuristas vendem bem ao grande público”, disse.

Risco de liquidação em massa

Para o executivo, a maioria das empresas que mantém grandes posições em ativos digitais tende a minguar e, eventualmente, vender esses recursos, alimentando o próximo mercado de baixa. Apenas um grupo restrito teria fôlego para atravessar o período de desvalorização e continuar acumulando criptoativos a preços menores.

Como reduzir a exposição

Apesar do alerta, Youssef destacou que uma gestão financeira conservadora pode amenizar os impactos de uma eventual queda:

Empresas com tesouro em criptomoedas repetem riscos vistos na bolha pontocom, alerta executivo - Trader Iniciante 2 (16)

Imagem: Trader Iniciante 2 (16)

  • Dívida controlada: reduzir o endividamento diminui o risco de insolvência. Companhias que emitem ações em vez de captar via dívida aumentam as chances de sobrevivência, já que acionistas não têm os mesmos direitos legais de credores.
  • Prazo do passivo: quando o financiamento via dívida é inevitável, escalonar os vencimentos é crucial. Se o histórico mostra que o Bitcoin (BTC) opera em ciclos de quatro anos, por exemplo, programar o pagamento para cinco anos pode evitar pressões em momentos de preços deprimidos.
  • Ativos de oferta limitada: priorizar criptomoedas com suprimento finito ou “blue chips” digitais, que costumam se recuperar entre ciclos, reduz o risco comparado a altcoins suscetíveis a quedas de até 90% sem retomada.
  • Receita operacional: empresas com fonte própria de faturamento estão melhor posicionadas do que aquelas criadas apenas para comprar cripto e que dependem de rodadas de captação no mercado.

O debate sobre tesouros em criptomoedas ganhou força neste ciclo de mercado, impulsionado pela entrada de instituições e pela percepção de que o setor amadureceu. Ainda assim, as advertências de Youssef reforçam que a euforia pode repetir erros do passado.

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