Se passou um ano desde que o furacão Helene atingiu o sudeste dos Estados Unidos, deixando um rastro estimado em US$ 79 bilhões em danos. A Carolina do Norte foi o estado mais afetado, responsável por 108 mortes e US$ 59 bilhões em perdas — cerca de três quartos do total.
No oeste do estado, a força do furacão se intensificou nas montanhas Apalaches, provocando enchentes e deslizamentos. Em Elk Park, o deslizamento que destruiu a casa de Jamie e Melissa Guinn matou Melissa e lançou Jamie e o filho River, de 9 anos, no rio próximo. Hoje, Jamie vive com os dois filhos em uma nova residência e concentra-se em seguir em frente “minuto a minuto”.
Em Swannanoa, Daniel Wright recebeu apoio da organização Beloved Asheville para erguer novamente sua casa. Ele espera concluir a obra a tempo de comemorar o Natal com a família. “É tranquilizador saber que alguém o acompanha até pendurar quadros nas paredes”, afirma.
Segundo a entidade Mountain BizWorks, 83% dos pequenos negócios da região fecharam após a tempestade por um período médio de 42 dias. Muitos reabriram, mas alguns não resistiram.
Em Spruce Pine, o transbordamento do rio Toe danificou lojas da rua Lower. O casal David e Trish Niven perdeu o café DT’s Blue Ridge Java, inundado por vários metros de lama. Depois de limpar o local com ajuda de voluntários e recorrer a um empréstimo, o estabelecimento foi reaberto e ampliado.
Imagem: Gerri Willis FOXBusiness via foxbusiness.com
O governador Josh Stein solicitou US$ 20 bilhões ao governo federal, mas calcula que ainda faltem US$ 45 bilhões para cobrir todos os prejuízos. A agência Moody’s estima entre US$ 8 bilhões e US$ 14 bilhões em perdas seguradas privadas, enquanto a varejista Lowe’s anunciou US$ 2,5 milhões em doações para empreendedores atingidos.
Mesmo diante dos números, moradores e empresários seguem reconstruindo suas vidas com a ajuda de voluntários, empréstimos locais e forte sentimento de comunidade.