A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) deve aprovar um novo aumento na produção de petróleo de pelo menos 137.000 barris por dia para o mês de novembro, segundo três fontes com conhecimento das negociações.
O tema será discutido em uma conferência on-line marcada para 5 de outubro, que reunirá representantes de oito membros do bloco. A decisão final ainda não foi tomada.
Desde abril, a Opep+ abandonou a política de cortes adotada anteriormente e já ampliou as cotas em mais de 2,5 milhões de barris por dia, volume equivalente a cerca de 2,4% da demanda global. A medida tem como objetivo recuperar participação de mercado após pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para conter os preços do petróleo.
No auge, as restrições somaram 5,85 milhões de barris por dia, distribuídas em três camadas: 2,2 milhões de bpd de cortes voluntários, 1,65 milhão de bpd por oito países e mais 2 milhões de bpd por todo o grupo. A primeira parcela desses cortes será totalmente desfeita até o fim de setembro. Para outubro, iniciou-se a retirada da segunda camada, com acréscimo idêntico ao de 137.000 bpd.
Os Emirados Árabes Unidos receberam autorização para elevar a produção em 300.000 bpd entre abril e setembro. Já a terceira fatia de cortes, de 2 milhões de bpd, permanece válida até o fim de 2026.
Imagem: Reuters via moneytimes.com.br
O barril de petróleo, que ultrapassava US$ 80 no início do ano, vem sendo negociado entre US$ 60 e US$ 70 desde o início da flexibilização dos cortes. Na sexta-feira (26), o preço superou US$ 70, maior nível desde 1º de agosto, impulsionado por ataques de drones ucranianos a instalações energéticas na Rússia, interrompendo atividades de refino e embarques.
A sede da Opep e autoridades da Arábia Saudita não comentaram o assunto até o momento.