Washington, D.C. – O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump firmou um acordo de US$ 24,5 milhões com o YouTube para encerrar a ação judicial que movia contra a plataforma por ter tido seu canal suspenso em 12 de janeiro de 2021, dias após os distúrbios no Capitólio.
De acordo com documento protocolado na Justiça, US$ 22 milhões serão destinados, em nome de Trump, ao Trust for the National Mall, entidade sem fins lucrativos que apoia a construção de um novo Salão de Estado na Casa Branca. Outros US$ 2,5 milhões serão pagos pela Alphabet, controladora do YouTube, a coautores do processo, entre eles a American Conservative Union, a escritora Naomi Wolf e diversas pessoas físicas.
O YouTube era a última das três grandes plataformas processadas por Trump a chegar a um entendimento. A Meta concordou em pagar US$ 25 milhões no início de 2025, enquanto o X (antigo Twitter) desembolsou cerca de US$ 10 milhões, segundo o Wall Street Journal.
O canal de Trump foi bloqueado por supostamente violar as diretrizes contra incitação à violência. A conta voltou ao ar em março de 2023. Na ação, a defesa de Trump alegava que a suspensão era inconstitucional e violava o direito à liberdade de expressão.
As tratativas incluíram sessões de mediação em maio, realizadas na residência de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, com a participação do CEO do Google, Sundar Pichai, e do cofundador Sergey Brin. Conversas adicionais teriam ocorrido durante partidas de golfe e almoços em um clube próximo.
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O advogado-chefe de Trump, John P. Coale, afirmou ao Wall Street Journal que a volta de Trump à Casa Branca acelerou os desfechos. “Se ele não tivesse sido reeleito, ficaríamos no tribunal por mil anos”, disse.
Em nota encaminhada à imprensa, um porta-voz do Google confirmou o acordo e indicou o documento judicial como posicionamento oficial da companhia.