Allos prevê chegada da H&M ao Nordeste a partir de 2026

São Paulo – A administradora de shoppings centers Allos negocia contratos para levar a varejista sueca H&M ao Nordeste em 2026, informou o diretor-presidente da companhia, Rafael Sales.

Segundo o executivo, a marca não ficará restrita às regiões Sudeste e Sul. “Vamos levar a H&M para fora. Não vai ficar só nas regiões centrais de Rio e São Paulo”, afirmou.

Primeiras inaugurações

A estreia da H&M em um empreendimento da Allos está programada para outubro deste ano, no Parque D. Pedro Shopping, em Campinas (SP). As duas primeiras unidades do país foram inauguradas em agosto em São Paulo, nos shoppings Iguatemi Faria Lima e Anália Franco, controlados por grupos concorrentes.

Expansão em 2025

Para o próximo ano, a rede confirmou quatro novas lojas: uma em Sorocaba (SP), uma no Rio de Janeiro (RJ) e duas em Porto Alegre (RS), marcando a entrada da marca no Sul.

Demanda por grandes áreas

Sales destacou que a instalação de uma loja da H&M exige espaços amplos, hoje escassos nos shoppings. “Temos poucas áreas vagas grandes. Isso faz com que demore um pouco para abrir lojas, e temos uma dinâmica de ocupação alta”, disse.

Marcas estrangeiras fora do eixo Rio–SP

Além da H&M, a Allos observa expansão de outras grifes internacionais, como Sephora, Dolce & Gabanna e Hugo Boss, para mercados fora do Sudeste. No caso da Sephora, já há unidades em Belém (PA), Londrina (PR) e Maceió (AL).

Imagem: redir.folha.com.br

Atualmente, os shoppings da empresa reúnem 46 marcas estrangeiras, totalizando quase 650 operações ativas ou contratadas. Entre elas estão Chanel, Swarovski, Tommy Hilfiger, Calvin Klein, Carter’s, Adidas e Lacoste.

Cenário macroeconômico

Mesmo com juros elevados, o executivo avalia que os shoppings de classe média se mostram resilientes, enquanto os voltados ao público de renda mais alta registram crescimento expressivo. A Allos dispõe de potencial para desenvolver mais de 6 milhões de metros quadrados em projetos multiúso, incluindo hotéis, hospitais, centros médicos e residenciais.

“Em um cenário de juros menor, estaríamos expandindo mais os shoppings e fazendo mais obras, aproveitando mais o potencial”, concluiu Sales.