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Investir cerca de R$ 833 mil pode gerar renda mensal de R$ 5 mil em dividendos, calcula especialista

Estratégias de investimento21 minutos atrás6 pontos de vista

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Alcançar uma renda passiva é objetivo crescente entre os brasileiros: de acordo com o Google, as buscas pelo termo avançaram 900% entre setembro de 2025 e o mesmo mês do ano anterior. Uma simulação realizada pelo economista e planejador financeiro Otavio de Almeida Camargo Neto indica que, para receber R$ 5 mil líquidos por mês somente com dividendos, seria necessário aplicar aproximadamente R$ 833 mil em ações de companhias reconhecidas pelo pagamento de proventos.

Como foi feita a projeção

O estudo considerou uma carteira composta por sete empresas recomendadas por analistas pelo histórico de distribuição de lucros. Os dividend yields (DY) observados nos últimos 12 meses variam de 4,8% a 20,7% ao ano, resultando em yield médio de 9% bruto e 7,2% líquido após custos operacionais.

Empresas incluídas na carteira:

  • Cemig (CMIG4) – DY de 20,7% ao ano
  • Petrobras (PETR4) – 14,7%
  • Banco do Brasil (BBAS3) – 8,9%
  • Copel (CPLE6) – 8,8%
  • Itaú Unibanco (ITUB4) – 8,5%
  • Caixa Seguridade (CXSE3) – 8,0%
  • Vivo (VIVT3) – 4,8%

Para gerar R$ 60 mil por ano — o equivalente aos R$ 5 mil mensais almejados — a carteira precisaria render cerca de 0,6% ao mês, valor compatível com o yield líquido médio de 7,2% ao ano estimado pelo especialista. O cálculo pressupõe que os proventos sejam consumidos integralmente, sem reinvestimento.

Riscos apontados

Camargo Neto ressalta que a estratégia envolve riscos relevantes, entre eles:

  • Corte nos dividendos – empresas podem reduzir ou suspender pagamentos em momentos de crise ou para financiar novos projetos;
  • Desvalorização das ações – a queda no preço dos papéis pode corroer o patrimônio, mesmo com o recebimento de proventos;
  • Concentração setorial – grande parte dos maiores pagadores atua em setores regulados, sujeitos a mudanças políticas;
  • Sustentabilidade do yield – taxas muito altas podem refletir ganhos extraordinários, sem garantia de continuidade;
  • Inflação – se a renda não acompanhar o custo de vida, o poder de compra diminui ao longo do tempo.

Manutenção da carteira

Segundo o economista, depender exclusivamente de dividendos exige revisões periódicas e disciplina de alocação, pois os pagamentos variam conforme o lucro das empresas e o cenário econômico. Ele observa ainda que, muitas vezes, o investidor precisa recomprar os papéis para manter a posição, o que gera custos adicionais.

Como alternativa, Camargo Neto menciona a possibilidade de aplicar em ETFs ou fundos focados em empresas pagadoras de dividendos, modalidade que oferece diversificação automática e gestão profissional.

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