Mini-índice encerra quase estável e dólar futuro cai 0,14% em 3 de outubro

São Paulo, 3 de outubro de 2025 – O contrato do mini-índice Ibovespa para vencimento em outubro (WINV25) terminou a sessão desta sexta-feira praticamente inalterado, com leve avanço de 0,03%, aos 144.701 pontos.

De acordo com análise técnica do BTG Pactual divulgada pela manhã, o ativo rompeu na véspera a média móvel de 200 períodos, que servia de principal suporte para a tendência de alta de curto prazo. O banco projeta uma correção mais profunda até a região de 143.800 pontos. Para retomar o movimento comprador, seria necessário que o mini-índice voltasse a operar acima dos 146.500 pontos.

O dólar futuro para outubro recuou 0,14% e foi negociado a R$ 5,372. O contrato vinha testando a resistência de R$ 5,400 e cedeu, reforçando a tendência de baixa de médio prazo. Segundo o BTG, a pressão vendedora ganharia força se o preço romper as médias móveis próximas de R$ 5,350, o que abriria espaço para um teste no suporte de R$ 5,300. Pela manhã, o ativo chegou a cair 0,2%, para R$ 5,368.

Fatores externos

No mercado internacional, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas fortes, cedeu 0,15%, aos 97,711 pontos. Investidores acompanharam o impasse que mantém o governo norte-americano parcialmente paralisado (shutdown), situação que já adiou a divulgação de indicadores como o payroll de setembro, agora previsto para 10 de outubro.

Dirigentes do Federal Reserve também contribuíram para a cautela. O vice-chair Philip Jefferson alertou que o mercado de trabalho pode enfrentar estresse caso não receba suporte adicional da política monetária, reduzindo o apetite por risco.

Imagem: Equipe Money Times via moneytimes.com.br

Dados locais e cenário político

No Brasil, o IBGE informou que a produção industrial subiu 0,8% em agosto ante julho, superando a expectativa de 0,3% apurada pela Reuters. Apesar do resultado, economistas do Itaú BBA avaliam que o setor segue perdendo fôlego no terceiro trimestre.

Investidores também monitoraram possíveis movimentações para a eleição presidencial de 2026, após sinalizações de que o ex-presidente Jair Bolsonaro pode apoiar Tarcísio de Freitas (Republicanos), tendo Michelle Bolsonaro como vice.

Na frente fiscal, continuam no radar projetos em tramitação no Congresso que podem alterar a trajetória de receitas e despesas do governo.