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Taxas de CDB recuam em setembro e expectativa para outubro é de novo enfraquecimento

Estratégias de investimento4 minutos atrás6 pontos de vista

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Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) voltaram a oferecer remunerações menores em setembro. Levantamento da Quantum Finance indica que a queda atingiu todos os indexadores — pós-fixados, prefixados e atrelados à inflação — e pode continuar em outubro, à medida que o mercado aposta em corte da Selic.

CDBs indexados ao IPCA

Nos papéis corrigidos pela inflação com vencimento em 12 meses, a taxa média passou de IPCA + 9,59% em agosto para IPCA + 8,89% em setembro. Para prazos de 24 meses, o juro real caiu de 8,13% para 7,81%, enquanto nos títulos de 36 meses recuou de 7,72% para 7,64%.

No mês, as emissões apresentaram os seguintes intervalos de remuneração:

  • 12 meses: mínima IPCA + 8,29%, média IPCA + 8,89%, máxima IPCA + 9,48% (45 títulos) – maior taxa: Banco ABC Brasil
  • 24 meses: mínima IPCA + 7,38%, média IPCA + 7,81%, máxima IPCA + 8,20% (54 títulos) – maior taxa: Haitong Brasil
  • 36 meses: mínima IPCA + 7,23%, média IPCA + 7,64%, máxima IPCA + 8,15% (160 títulos) – maior taxa: Haitong Brasil

Pós-fixados ligados ao CDI

Apenas o prazo de seis meses registrou avanço, com a taxa média subindo de 98,12% para 100,72% do CDI. Nos demais:

  • 12 meses: 99,82% do CDI em setembro ante 100,01% em agosto
  • 36 meses: 100,24% do CDI contra 100,53% no mês anterior

Os intervalos observados em setembro foram:

  • 3 meses: 97,50% a 105,00% do CDI (média 99,76%) – Paraná Banco
  • 6 meses: 96,50% a 117,00% do CDI (média 100,72%) – Banco Master
  • 12 meses: 90,00% a 106,00% do CDI (média 99,82%) – Banco BMG
  • 24 meses: 70,00% a 106,00% do CDI (média 98,47%) – BancoSeguro
  • 36 meses: 96,00% a 102,50% do CDI (média 100,24%) – Banco C6

Prefixados

Nesse grupo, o comportamento foi misto. A taxa média de 12 meses diminuiu de 14,22% para 14,03% ao ano, e a de 36 meses cedeu de 13,41% para 13,06%. Já os prazos de seis e 24 meses subiram ligeiramente, de 14,46% para 14,48% e de 13,11% para 13,35% ao ano, respectivamente.

As faixas registradas no mês foram:

  • 6 meses: 14,25% a 15,33% ao ano (média 14,48%) – Santander Brasil
  • 12 meses: 13,24% a 14,75% ao ano (média 14,03%) – Sinosserra Financeira
  • 24 meses: 12,92% a 14,01% ao ano (média 13,35%) – Haitong Brasil
  • 36 meses: 12,76% a 13,25% ao ano (média 13,06%) – Haitong Brasil

Por que as taxas recuaram?

Segundo Guilherme Almeida, head de renda fixa da Suno Research, a perspectiva de redução da taxa Selic enxugou os prêmios dos títulos públicos, movimento replicado pelos CDBs. A forte demanda por renda fixa também contribui, pois permite que os bancos emitam papéis com spreads menores.

Para o analista, enquanto o mercado consolidar a visão de início de ciclo de corte de juros e os investidores mantiverem o apetite, as remunerações dos CDBs tendem a permanecer pressionadas, com possibilidade de novos recuos nos próximos meses.

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