São Paulo – A Vinci Compass firmou acordo para adquirir 50,1% da Verde Asset Management, gestora com R$ 16 bilhões em ativos sob administração.
O negócio envolve 3,1 milhões de novas ações ordinárias Classe A da Vinci Compass e pagamento em dinheiro de R$ 46,8 milhões. A primeira parcela, de 2,2 milhões de ações e R$ 32,4 milhões, será quitada no fechamento da operação; a segunda, condicionada a metas de receita, ocorrerá dois anos depois.
A conclusão da transação é esperada para o quarto trimestre de 2024, sujeita a aprovações regulatórias e demais condições usuais.
Após cinco anos do fechamento, a Vinci Compass poderá comprar os 49,9% restantes da Verde em regime de earn-out. O valor estimado para essa etapa é de R$ 127,4 milhões, a ser pago em novas ações Classe A e/ou dinheiro, conforme decisão da própria Vinci.
Luiz Stuhlberger, fundador da Verde e um dos nomes mais conhecidos do mercado, tornará-se sócio da Vinci Compass, permanecendo nos cargos de CEO e CIO da gestora adquirida. A equipe executiva da Verde também ingressará na Vinci como sócia, com as ações recebidas sujeitas a períodos de lock-up liberados gradualmente em até cinco anos.
Segundo comunicado, a estrutura foi desenhada para garantir transição de longo prazo, mantendo autonomia operacional da Verde e continuidade na gestão dos fundos.
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Fundada em 2009, a Vinci Compass administra e assessora mais de R$ 300 bilhões em estratégias que incluem private equity, infraestrutura, imobiliário, florestas, crédito, ações e previdência. Já a Verde foi lançada em 2015 por Stuhlberger, que iniciou a carreira na Hedging-Griffo em 1981 e criou o Fundo Verde em 1997.
As ações da Vinci, negociadas nos Estados Unidos, encerraram a segunda-feira cotadas a US$ 10,72.
A companhia estima impacto imediato positivo de dois dígitos no lucro operacional ajustado (FRE) por ação e efeito positivo de um dígito, entre baixo e médio, no lucro distribuível por ação.