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Déficit dos EUA atinge US$ 1,8 trilhão e custo da dívida supera US$ 1 trilhão, aponta CBO

Dificuldades e desafios3 dias atrás11 pontos de vista

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WASHINGTON – O Escritório de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos (CBO, na sigla em inglês) divulgou nesta quarta-feira que o governo federal fechou o ano fiscal de 2025 com déficit de US$ 1,809 trilhão, ligeiramente abaixo do saldo negativo de US$ 1,817 trilhão registrado em 2024.

O aumento dos gastos com juros da dívida, que ultrapassaram pela primeira vez a marca de US$ 1 trilhão em um único exercício, foi o principal fator de pressão sobre as contas públicas. Esses desembolsos cresceram US$ 80 bilhões, ou 8%, em relação ao ano anterior.

Despesas em alta

As despesas federais somaram US$ 301 bilhões a mais que em 2024, avanço de 4%. Entre os destaques:

  • Seguridade Social: acréscimo de US$ 121 bilhões (8%), impulsionado pelo aumento do benefício médio após o ajuste anual pelo custo de vida e pelo maior número de beneficiários.
  • Medicare: alta de US$ 72 bilhões (8%) com mais aposentados ingressando no programa e reajustes nas tabelas de pagamento.
  • Medicaid: crescimento de US$ 52 bilhões devido ao maior custo por beneficiário.
  • Departamento de Assuntos de Veteranos: mais US$ 41 bilhões (12%) em razão do uso ampliado da rede de saúde para ex-combatentes.
  • Departamento de Defesa: aumento de US$ 38 bilhões (5%) para operações, manutenção e compras.
  • Departamento de Agricultura: acréscimo de US$ 28 bilhões (14%) para cobrir perdas de safra de 2023 e 2024 e compensar custos mais altos de insumos agrícolas.

Receitas tributárias

A arrecadação total subiu US$ 308 bilhões, ou 6%, em 2025. Os principais movimentos foram:

Déficit dos EUA atinge US$ 1,8 trilhão e custo da dívida supera US$ 1 trilhão, aponta CBO - Imagem do artigo original

Imagem: Eric Revell FOXBusiness via foxbusiness.com

  • Impostos sobre renda e folha de pagamento: +US$ 260 bilhões, impulsionados por retenções maiores (US$ 185 bilhões) devido a salários mais altos e por pagamentos não retidos (US$ 95 bilhões). Reembolsos cresceram US$ 26 bilhões.
  • Imposto de renda corporativo: queda de US$ 77 bilhões (15%), em parte pelo One Big Beautiful Bill Act, que permitiu deduções maiores para investimentos realizados em 2025.
  • Direitos aduaneiros: aumento de US$ 118 bilhões (153%) após a elevação de tarifas sobre a maioria dos produtos importados.

Com o déficit de 2025, a dívida pública bruta aproximou-se de US$ 38 trilhões — patamar que, segundo projeções do próprio CBO, pode levar o passivo federal a cerca de 120% do Produto Interno Bruto na próxima década.

Maya MacGuineas, presidente do Committee for a Responsible Federal Budget, classificou o endividamento e o gasto crescentes como “insustentáveis” e defendeu reformas em programas de benefícios e disciplina fiscal no Congresso.

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