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Bitcoin volta a US$ 116 mil e abre semana decisiva após maior liquidação da história

Criptomedas21 minutos atrás6 pontos de vista

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O Bitcoin (BTC) iniciou a segunda semana de outubro em meio a forte tensão nos mercados, depois de recuperar-se da maior liquidação já registrada no setor de criptomoedas.

Reação rápida após colapso recorde

Entre sexta-feira (10) e segunda-feira (13), a cotação passou de mínima de US$ 109.700 para máxima de US$ 116.000, avanço de 5,7%, segundo dados do Cointelegraph Markets Pro e do TradingView. O movimento ocorreu após um anúncio tarifário ligado à guerra comercial entre Estados Unidos e China desencadear pânico generalizado, que atingiu ações, ouro e ativos digitais.

Mesmo com a turbulência, o valor de mercado total das criptomoedas acrescentou mais de US$ 500 milhões desde os pisos de sexta-feira. Para o cofundador do The Kobeissi Letter, Adam Kobeissi, o episódio representou “uma das maiores e mais rápidas transferências de riqueza da história das criptos”.

Volatilidade atinge nível mais alto desde abril

Medições de volatilidade implícita apontam que o mercado agora precifica oscilações maiores para o BTC. O analista on-chain Frank A. Fetter destacou que o indicador não alcançava patamar semelhante desde abril, auge da tensão comercial entre Washington e Pequim.

Disputa entre touros e ursos

Operadores divergem sobre o próximo rumo. Para o trader Roman, a retração da semana passada respeitou uma linha de tendência iniciada em agosto de 2024 aos US$ 40 mil. Caso o suporte seja perdido, ele vê confirmação de um novo mercado de baixa, com reteste na faixa de US$ 107 mil a US$ 108 mil.

Visão diferente tem o trader Skew, que notou entrada de grandes compradores após a reconquista dos US$ 115 mil. Na avaliação dele, o cenário permanece favorável enquanto o preço não fechar abaixo de US$ 112 mil nos gráficos diário e semanal, com resistência principal em US$ 120 mil.

Análise de livro de ordens feita pelo trader SuperBro indica zonas de liquidez entre US$ 108,5 mil e US$ 113 mil, além de um “hot spot” entre US$ 123 mil e US$ 128 mil, área próxima ao recorde histórico de US$ 126 mil.

Alívio no excesso de alavancagem

Informações da Glassnode mostram que as taxas de financiamento nos derivativos despencaram aos níveis mais baixos desde o fundo do mercado em 2022, sinal de forte redução em posições alavancadas. Dados da CoinGlass revelam que o open interest agregado caiu de US$ 89 bilhões para US$ 69 bilhões durante o pico de liquidações, antes de recuperar-se para US$ 74 bilhões. Apenas no Bitcoin, mais de US$ 10 bilhões em contratos foram eliminados.

Bitcoin volta a US$ 116 mil e abre semana decisiva após maior liquidação da história - Trader Iniciante 2 (17)

Imagem: Trader Iniciante 2 (17)

Agenda macro sob incerteza

Nos Estados Unidos, a paralisação parcial do governo pode adiar a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) e do Índice de Preços ao Produtor (PPI) de setembro, anteriormente previstos para quinta-feira (16). Com isso, a atenção se volta às aparições públicas de dirigentes do Federal Reserve, entre eles o presidente Jerome Powell, que discursa na Associação Nacional de Economia Empresarial, na Filadélfia.

O mercado futuro de Fed Funds, monitorado pela ferramenta FedWatch do CME Group, atribui probabilidade quase unânime de corte de 0,25 ponto percentual na reunião de 29 de outubro.

Ouro renova recorde; debate sobre desvalorização cambial

Enquanto o Bitcoin reage, o ouro atingiu novo pico histórico de US$ 4.078 por onça na segunda-feira. Para a Mosaic Asset Company, o movimento reforça a chamada “aposta na desvalorização”, estratégia que busca proteger carteiras contra perda de valor das moedas fiduciárias diante do aumento da base monetária e de dívidas governamentais.

Analistas da casa alertam, contudo, que o mesmo fenômeno pode reacender pressões inflacionárias nos próximos meses, especialmente à medida que indicadores de “preços pagos” em pesquisas regionais do Fed voltam a subir.

Com liquidez reduzida, participação elevada de algoritmos e nível recorde de alavancagem, observadores como o The Kobeissi Letter preveem que reações extremas do mercado — como as vistas em 10 de outubro, quando foram eliminados US$ 19,5 bilhões em criptos e US$ 2,5 trilhões em ações — podem repetir-se com mais frequência.

Assim, investidores de Bitcoin encaram a nova semana equilibrando a possibilidade de avanço além de US$ 120 mil contra o risco de uma confirmação de mercado de baixa, enquanto aguardam sinais de Washington e do Federal Reserve.

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