Um aporte único de R$ 1.000 em títulos públicos pode chegar a mais de R$ 3.600 líquidos em dez anos, dependendo do papel escolhido, mostra simulação do planejador financeiro e especialista em investimentos Jeff Patzlaff.
O estudo compara três alternativas disponíveis na plataforma do Tesouro Direto — Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+ — em prazos de um, cinco e dez anos. Todos os valores já descontam taxas e Imposto de Renda.
Resultados projetados
• Tesouro Selic 2031 (Selic + 0,102%)
– 1 ano: R$ 1.120,82
– 5 anos: R$ 1.867,26
– 10 anos: R$ 3.619,41
• Tesouro Prefixado 2032 (taxa anual de 13,68%)
– 1 ano: R$ 1.109,44
– 5 anos: R$ 1.763,76
– 10 anos: R$ 3.213,79
• Tesouro IPCA+ (IPCA + 8,08% ao ano)*
– 1 ano: R$ 1.106,00
– 5 anos: R$ 1.733,47
– 10 anos: R$ 3.099,86
*IPCA acumulado em 12 meses: 5,17%
Tesouro Selic: acompanha a taxa básica de juros, atualmente em 15% ao ano, com atualização diária. É indicado para quem busca liquidez.
Imagem: infomoney.com.br
Tesouro Prefixado: oferece rentabilidade fixa; hoje há papéis pagando 13,13% ao ano até 2028. Ideal para quem quer travar a taxa diante da expectativa de queda da Selic.
Tesouro IPCA+: combina a variação da inflação medida pelo IPCA com um juro real. No momento, há opção pagando IPCA + 8,05% ao ano para vencimento em 2029.
Patzlaff adotou as taxas vigentes e considerou reinvestimento no vencimento dos títulos até completar dez anos. No caso do Tesouro Selic 2031, por exemplo, o investidor sacaria o valor em março de 2031 e aplicaria novamente em outro papel do mesmo tipo até perfazer o período total simulado.
Para quem pretende manter o dinheiro investido sem resgates intermediários, a rentabilidade pode mudar. Um exemplo é o Tesouro IPCA+ 2040, que paga IPCA + 7,27% ao ano e teria retorno estimado de R$ 2.537 em dez anos, inferior ao cenário com reaplicação, mas garantido desde a compra.