São Francisco (EUA) – A Administração Nacional de Segurança do Tráfego Rodoviário dos Estados Unidos (NHTSA) solicitou informações adicionais à Tesla sobre o novo modo de assistência ao motorista apelidado de “Mad Max”, capaz de operar o veículo acima dos limites de velocidade permitidos nas rodovias.
A iniciativa foi divulgada nesta sexta-feira (24). De acordo com a NHTSA, condutores relataram nas redes sociais que a versão mais agressiva do sistema Full Self-Driving (FSD) conduz os carros em velocidades superiores às regulamentadas.
“O ser humano ao volante continua totalmente responsável por dirigir o veículo e obedecer às leis de trânsito”, destacou a agência em nota.
No início do mês, a NHTSA abriu investigação envolvendo 2,9 milhões de veículos da Tesla equipados com o FSD. O processo examina 58 notificações de infrações e acidentes, dos quais 14 resultaram em colisões e 23 em feridos.
A agência informou ainda ter recebido seis relatos de veículos que, com o FSD ativado, avançaram cruzamentos com sinal vermelho e colidiram com outros automóveis.
A Tesla não comentou o novo pedido da NHTSA até o fechamento desta edição. Na semana passada, porém, a companhia republicou em rede social uma mensagem que descreve o modo “Mad Max” como capaz de “atravessar o tráfego em um ritmo incrível, de forma suave, dirigindo como um carro esportivo” – opção indicada, segundo a publicação, para motoristas com pressa.
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Apesar das funções avançadas, a empresa afirma que o FSD “leva o usuário praticamente a qualquer lugar com supervisão ativa”, sem tornar o veículo totalmente autônomo.
Em outubro de 2024, a NHTSA já havia iniciado outra investigação sobre 2,4 milhões de carros da Tesla após quatro acidentes em condições de baixa visibilidade.
O FSD é considerado mais sofisticado que o Autopilot, primeiro sistema de assistência lançado pela montadora. Ambos permanecem sob escrutínio das autoridades de segurança rodoviária dos Estados Unidos.