A influência crescente do socialismo no meio acadêmico norte-americano voltou ao centro do debate depois que uma pesquisa revelou que grande parcela dos estudantes universitários prefere esse sistema ao capitalismo e, em alguns casos, elogia regimes autoritários como o de Cuba.
No programa “Mornings with Maria”, da FOX Business, o âncora David Asman apresentou dados e entrevistas que apontam para uma tendência de condenação do livre-mercado por parte de professores e alunos.
Segundo estimativas citadas na reportagem, até 270 milhões de pessoas teriam sido mortas por governos autodeclarados socialistas ao longo do século XX. No mesmo período, a expansão do capitalismo de mercado teria contribuído para retirar mais de 1 bilhão de indivíduos da pobreza ao redor do mundo.
O economista Thomas Sowell, conhecido defensor do livre-mercado, lembrou em entrevista de 2019 que iniciou a carreira como marxista, mas abandonou a posição ao constatar diferenças entre retórica e realidade. Ele afirmou que sempre se guiou por dados empíricos e criticou a falta de atenção às evidências em universidades de ponta.
Levantamento recente apontou que numerosos universitários preferem o socialismo ao capitalismo e que quase metade demonstra admiração por países como Cuba em relação aos Estados Unidos.
Imagem: David Asman FOXBusiness via foxbusiness.com
O professor de economia Brian Brenberg, também apresentador do programa “The Big Money Show”, relatou que a universidade é um dos poucos espaços onde ideias consideradas “ruins” conseguem sobreviver sem serem confrontadas por resultados práticos. Para ele, docentes exaltam as promessas socialistas sem precisar implementá-las, enquanto os alunos só enfrentam a realidade após a graduação.
Há seis anos, Asman perguntou a Sowell se seria necessário experimentar políticas socialistas antes de rejeitá-las. O economista respondeu, à época, que temia que, no longo prazo, o país pudesse não superar essas ideias.
A discussão segue aberta, impulsionada por pesquisas que mostram a popularidade do socialismo entre jovens e pela preocupação de especialistas com os possíveis efeitos dessa preferência sobre a economia norte-americana.