O assessor de investimentos Michael Viriato, autor da coluna “De Grão em Grão”, afirma que três tipos de proteção financeira — saúde, vida e patrimônio — são fundamentais para impedir que imprevistos coloquem em risco os bens acumulados por uma família.
Segundo Viriato, uma única internação pode consumir, em poucas semanas, recursos acumulados ao longo de anos. Para evitar esse impacto, ele recomenda planos ou seguros de saúde que priorizem a cobertura de situações graves, possivelmente com coparticipação ou franquias ajustadas, em vez de serviços voltados apenas a consultas rotineiras.
O especialista lembra que o seguro de vida não se limita a garantir herança. No caso de morte prematura do principal provedor, a indenização oferece liquidez imediata para manter despesas como moradia e educação dos filhos. Em fases mais avançadas da vida, a cobertura também ajuda a custear impostos e despesas de inventário, evitando a venda apressada de imóveis ou negócios.
Viriato observa que imóveis, veículos e outros bens de valor representam anos de trabalho. Ele calcula que a cobertura patrimonial pode custar menos de 0,1% ao ano. Um imóvel avaliado em R$ 1 milhão, por exemplo, pode ser protegido por pouco mais de R$ 100 mensais, quantia que evita perdas financeiras significativas em casos de incêndio, roubo ou desastres naturais.
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Para o assessor, tratar seguros como despesa pura é um erro comum. Ele compara as apólices a um telhado: passam despercebidas em períodos de tranquilidade, mas se tornam indispensáveis durante crises. “Construir exige tempo, esforço e disciplina; proteger exige consciência e planejamento”, resume.