São Paulo – A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) divulgou na segunda-feira (25) um comunicado alertando consumidores sobre a circulação de café torrado e moído com embalagens falsificadas em pontos de venda não convencionais.
De acordo com a entidade, quadrilhas especializadas reproduzem com elevado grau de fidelidade rótulos de marcas tradicionais, incluindo falsos selos de pureza e qualidade, e colocam dentro dos pacotes um produto sem procedência definida.
O problema ficou evidente na última semana, quando duas pessoas foram detidas em Osasco, na região metropolitana de São Paulo, com 275 quilos de café rotulado como Pilão, mas que, segundo a polícia, era falsificado. Os suspeitos também são investigados por adulterar outros itens, como roupas e sabão.
A Abic orienta a população a comprar apenas em estabelecimentos confiáveis, desconfiar de preços muito inferiores à média do mercado e, sempre que possível, escanear o QR Code presente no selo para verificar a autenticidade do produto.
Indústrias e varejistas atribuem o aumento das falsificações à alta do preço do café e à vulnerabilidade de consumidores de menor renda, fatores que ampliam as oportunidades para a ação de criminosos.
Imagem: onde quer que vá via redir.folha.com.br
Apesar das fraudes, marcas e restaurantes seguem apresentando novidades. O Clandestina, casa da chef Bel Coelho em São Paulo, lançou um café selecionado por Tiago Damasceno, da marca Corisco. A embalagem de 250 gramas custa R$ 59,90; há ainda um kit com duas xícaras de cerâmica por R$ 220.
A Orfeu, por sua vez, incluiu a variedade Catucaí na coleção Varietais. O rótulo é oferecido em grãos (R$ 49), moído (R$ 46) e em cápsulas compatíveis com máquinas Nespresso (R$ 41).