Washington, — Um estudo divulgado nesta segunda-feira (data original da publicação) pela Independent Women’s Forum Center for Energy and Conservation afirma que ampliar a produção interna de todas as fontes confiáveis de energia — petróleo, gás, carvão, nuclear e geotérmica — é essencial para que os Estados Unidos atendam à demanda recorde prevista para os próximos anos.
Assinado pela diretora do centro, Gabriella Hoffman, o relatório sustenta que eficiência energética e oferta abundante “não são conceitos antagônicos” e que “mais produção e consumo de energia feita nos EUA é positivo”, sem prejudicar o meio ambiente.
A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA) projeta consumo de eletricidade de 4.097 bilhões de kWh em 2024, saltando para 4.191 bilhões em 2025 e 4.305 bilhões em 2026. O aumento é atribuído principalmente à expansão de centros de dados para inteligência artificial, além de setores como manufatura, transporte e climatização.
Segundo o estudo, o gás natural responde hoje por 43,1% da geração elétrica do país, seguido por nuclear (20%), carvão (16,2%) e geotérmica (0,4%). Hoffman alerta que depender exclusivamente de solar e eólica pode provocar escassez e contas mais altas: “Se um estado apostar apenas em fontes intermitentes, corre o risco de energia insuficiente”, diz.
A autora calcula que políticas de emissões líquidas zero podem reduzir o PIB em US$ 7,7 trilhões até 2040, eliminar 1,2 milhão de empregos e elevar tarifas elétricas em 19% até 2028.
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O documento defende que todos os 50 estados busquem independência energética, em vez de depender de grandes produtores como Texas e Pensilvânia. Para isso, propõe agilizar licenças, ampliar o acesso a terras e águas públicas e modernizar a Lei Nacional de Política Ambiental (NEPA), considerada por Hoffman o principal entrave a novos projetos.
Entre os investimentos citados, a Constellation Energy anunciou US$ 1,6 bilhão para reativar a usina nuclear de Three Mile Island, com toda a produção já contratada pela Microsoft para abastecer centros de dados voltados à IA.
Hoffman conclui que a postura de “abundância energética”, apoiada por medidas de desregulamentação defendidas pela atual administração republicana, pode “rebalançar” o mercado ao permitir que “o setor privado determine quais fontes prosperam” e garanta energia confiável à população.