Acordo no Senado dos EUA para encerrar shutdown pode aliviar mercado de criptomoedas

Oferta - Clique na Imagem

O mercado de criptomoedas pode ganhar fôlego nos próximos dias após senadores norte-americanos chegarem a um entendimento para pôr fim à paralisação do governo federal, noticiou o Politico neste domingo (data local).

Segundo fontes ouvidas pela publicação, a proposta — um pacote orçamentário em três partes — já reúne apoio superior aos 60 votos necessários para avançar no Senado dos Estados Unidos. Será a 15ª tentativa do líder da maioria republicana, John Thune, de obter respaldo democrata para o texto já aprovado pela Câmara dos Representantes.

A votação definitiva ainda precisa ocorrer, mas, se confirmada, encerrará o shutdown que se arrasta há 40 dias, o mais longo da história do país.

Impacto nas criptomoedas

A incerteza sobre a reabertura do governo vinha sendo apontada como um dos fatores que travavam a recuperação do Bitcoin (BTC) e de outros ativos digitais. No dia 6 de outubro, seis dias após o início da paralisação, o BTC alcançou um pico de US$ 126.080, mas desde então recuou mais de 17%, negociado a US$ 104.370, de acordo com dados da CoinGecko.

A queda se acentuou em 10 de outubro, quando o presidente Donald Trump anunciou tarifas de 100% sobre produtos chineses, movimento que abalou vários mercados.

Histórico favorece otimismo

O último shutdown norte-americano durou de fim de dezembro de 2018 até 25 de janeiro de 2019. Nos cinco meses posteriores ao término, o Bitcoin saltou cerca de 265%, de US$ 3.550 para US$ 13.000.

Imagem: cointelegraph.com

Mercados de previsão

No Polymarket, plataforma de apostas em eventos, os participantes atribuíam neste domingo 54% de probabilidade de o impasse acabar entre terça-feira (31) e sexta-feira (3). Um dia antes, essa chance era de 27%. No concorrente Kalshi, a expectativa é semelhante: fim do shutdown na sexta-feira, após 44 dias de paralisação.

Pagamento de dividendos

Em paralelo, Trump afirmou que cerca de 85% dos adultos norte-americanos — exceto os de renda mais alta — devem receber um dividendo de US$ 2.000 proveniente da arrecadação com tarifas.

O texto que garante a liberação dos recursos federais ainda aguarda a votação final no plenário do Senado.