São Paulo, — O agronegócio permanece entre as principais oportunidades de investimento no país e os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) têm ampliado participação nas carteiras, avalia Rafael Brito, head de distribuição da Riza Asset.
De acordo com o executivo, o setor deverá representar perto de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, mas ainda ocupa fatia pequena nos portfólios dos investidores. “Há demanda crescente por operações de sale & leaseback no campo, que oferecem maior proteção e atraem tanto varejo quanto institucionais”, disse em entrevista ao InfoMoney.
Fundada em 2020, a Riza Asset administra quase R$ 18 bilhões distribuídos em nove núcleos, que abrangem agronegócio, securitização, renda fixa líquida, direct lending, allocation, renda variável, real estate, música, esporte, entretenimento e infraestrutura. A gestora atua no modelo de partnership independente e foi reconhecida na Premiação Outliers InfoMoney, ficando em segundo lugar na categoria de melhor Fiagro com o fundo RZAG11.
Brito destacou que, mesmo com juros elevados, a casa prioriza crédito seletivo e estruturas mais robustas. “O juro alto por período prolongado gera oportunidades, mas impõe desafios às empresas alavancadas. Por isso adotamos postura conservadora”, afirmou.
Em tecnologia, relacionamento com investidores e governança corporativa, a Riza trabalha com squads dedicadas. “Desenhamos processos como se já administrássemos R$ 50 bilhões, ainda quando tínhamos menos de R$ 1 bilhão”, contou.
Imagem: infomoney.com.br
Além do agronegócio, Brito aponta espaço para FIDCs em diferentes perfis de risco. A gestora estruturou recentemente um FIDC para a Riva, subsidiária da Direcional Engenharia, entre outras operações. Segundo ele, esse tipo de veículo tornou-se relevante nos últimos anos e amplia o leque para investidores.
Para os próximos cinco anos, a gestora pretende consolidar as verticais existentes, como real estate, agro, renda fixa e FIDCs, e avançar em infraestrutura e renda variável. “Queremos ganhar relevância onde já atuamos, mantendo excelência”, concluiu Brito.