O CEO da OpenAI, Sam Altman, declarou “código vermelho” para concentrar esforços no aperfeiçoamento do ChatGPT, segundo memorando interno enviado na segunda-feira (1º). O documento prevê prioridade total ao chatbot, com foco em aumentar velocidade, confiabilidade e opções de personalização.
Altman informou aos funcionários que a startup avaliada em US$ 500 bilhões (R$ 2,68 bilhões) vai adiar outros projetos, incluindo:
A mudança de rota ocorre em meio ao avanço de concorrentes. No mês passado, o Google lançou o Gemini 3, que superou o GPT-5 da OpenAI em testes de referência. A Anthropic também apresentou o Opus 4.5, que obteve desempenho superior em avaliações importantes.
Koray Kavukcuoglu, diretor de tecnologia da DeepMind, atribuiu o ganho do Google ao treinamento dos modelos com chips próprios da companhia e a novos métodos de desenvolvimento — área em que a OpenAI enfrenta dificuldades recentes.
Antes do lançamento do Gemini 3, Altman reconheceu a pressão competitiva e pediu foco à equipe. “A busca é uma das maiores áreas de oportunidade”, escreveu Nick Turley, vice-presidente e chefe do ChatGPT, na rede X na segunda-feira (1º). Ele afirmou que o ChatGPT já representa cerca de 10% da atividade global de buscas e cresce rapidamente.
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Apesar de manter liderança entre chatbots, com mais de 800 milhões de usuários semanais, dados da Similarweb indicam que usuários passam mais tempo conversando com o Gemini do que com o ChatGPT.
Além da pressão de mercado, a OpenAI lida com custos crescentes de data centers, desafios técnicos para manter a vanguarda em IA e a disputa por profissionais especializados. Com o “código vermelho”, a companhia busca acelerar entregas e preservar sua posição diante de rivais que avançam rapidamente.