Apesar da alta generalizada nos preços de locação nos Estados Unidos, ainda é possível encontrar apartamentos com mensalidades inferiores a US$ 1.000 em determinadas localidades. A conclusão consta de um levantamento divulgado nesta quinta-feira (data do relatório) pela plataforma imobiliária Zillow.
Entre as 100 regiões metropolitanas analisadas, 13 concentram mais de um terço dos anúncios abaixo desse valor — o equivalente a 13% da amostra estudada. A maior parte dessas áreas está localizada no Sul e no Meio-Oeste do país.
Wichita, no Kansas, lidera o ranking, com 54% das unidades ofertadas por menos de US$ 1.000 mensais. Na sequência aparece McAllen, no Texas, com pouco mais de 50% dos anúncios dentro desse limite.
Veja as cinco regiões com maior proporção de apartamentos nessa faixa de preço:
1. Wichita, Kansas: 54%
2. McAllen, Texas: pouco mais de 50%
3. Little Rock, Arkansas: 49%
4. Toledo, Ohio: 46%
5. Oklahoma City, Oklahoma: 42%
Em contrapartida, mercados como Boston, Miami, Washington, D.C., North Port (Flórida), Charleston (Carolina do Sul) e Cape Coral (Flórida) registram menos de 1,8% de ofertas abaixo de US$ 1.000, de acordo com o relatório.
Imagem: Daniella Genovese FOXBusiness via foxbusiness.com
O estudo destaca que o valor médio do aluguel subiu quase 40% desde 2019. No mesmo período, os custos de hipoteca mais que dobraram, o que dificulta a transição do aluguel para a casa própria.
Para conseguir pagar 10% de entrada em um imóvel típico, um inquilino precisa reservar 5% da renda por quase nove anos — intervalo superior aos 7,4% necessários em 2019. Segundo a economista sênior da Zillow, Kara Ng, mudar para regiões com preços mais baixos pode reforçar a capacidade de poupança de longo prazo.
Mesmo com as disparidades regionais, o levantamento aponta que ofertas de aluguel com preço acessível continuam restritas em grande parte do país, refletindo o descompasso entre renda e custo de moradia.