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Queda de 60% expõe desconfiança sobre números da Ambipar após valorização de 3.000% em 2024

Mercado Financeiro4 dias atrás15 pontos de vista

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As ações da Ambipar (AMBP3) recuaram cerca de 60% em um único pregão na semana passada, após a divulgação de uma liminar que suspendeu temporariamente o pagamento de títulos de dívida no valor de US$ 550 milhões (aproximadamente R$ 3 bilhões). O movimento reavivou dúvidas sobre a saúde financeira da companhia, que atua em gestão de resíduos e logística reversa.

Escalada e desabamento

Entre junho e dezembro de 2024, os papéis da Ambipar acumularam alta superior a 3.000%, desempenho incomum no mercado brasileiro, que abriga cerca de 400 empresas listadas e praticamente não possui penny stocks. Analistas classificavam a empresa como “sem grandes emoções” antes da disparada.

Desde o pico registrado em dezembro, a ação já devolveu quase 70% do valor, incluindo o tombo da semana passada.

Investigação arquivada na CVM

A valorização de 2024 foi alvo de processo na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A autarquia investigou a possibilidade de atuação coordenada entre fundos de investimento e os controladores da Ambipar, mas não encontrou provas suficientes para condenação. O caso foi encerrado com voto de desempate do presidente do colegiado.

Durante o julgamento, houve mudança na presidência da CVM. O diretor que ocupava o cargo no início votou pela condenação; seu sucessor votou pela absolvição, decisão que prevaleceu. Um dos fundos investigados foi o Trustee DTVM, citado na operação Carbono Oculto, que apura a presença do PCC em operações financeiras na região da avenida Faria Lima, em São Paulo.

Queda de 60% expõe desconfiança sobre números da Ambipar após valorização de 3.000% em 2024 - Imagem do artigo original

Imagem: redir.folha.com.br

Preocupação com a liquidez

Os últimos resultados divulgados pela Ambipar indicavam caixa superior a R$ 2,5 bilhões e aproximadamente R$ 2 bilhões aplicados em fundos com resgate entre 30 e 60 dias. Mesmo assim, a companhia buscou proteção judicial contra credores estrangeiros, o que levantou questionamentos sobre a confiabilidade das demonstrações financeiras.

Saída de executivos

Após a concessão da liminar, deixaram a empresa o diretor jurídico, o diretor de Relações com Investidores e o diretor financeiro (CFO). As renúncias ocorreram em meio à acentuada volatilidade dos papéis da companhia.

Com a queda recente, investidores que compraram durante a alta de 2024 acumulam perdas expressivas, enquanto o mercado aguarda novos esclarecimentos sobre a real situação financeira da Ambipar.

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