Influência digital cresce porque captar atenção ficou mais difícil, diz futurista Amy Webb

Trader Iniciante - RedaçãoTrader Iniciante - RedaçãoMercado Financeiro57 minutos atrás6 pontos de vista

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Rio de Janeiro – A futurista norte-americana Amy Webb afirmou nesta quinta-feira (14) que empresas recorrem cada vez mais a influenciadores digitais porque a disputa pela atenção do público se intensificou com o avanço tecnológico.

Webb, CEO do Future Today Strategy Group e referência em tendências de inovação, palestrou para um auditório lotado no Rio Innovation Week, evento iniciado na terça (12) e que vai até sexta-feira (15) na capital fluminense.

Influenciadores em evidência

Segundo a especialista, a proliferação de plataformas e formatos de mídia torna mais complexo para as marcas se destacarem. “Se o produto fosse suficiente por si só, não haveria necessidade de recorrer a um influenciador”, disse, apontando que o “barulho” nas redes dificulta a visibilidade.

Para ilustrar o ponto, Webb citou a criadora de conteúdo brasileira Virginia Fonseca, conhecida por parcerias comerciais e alvo recente de investigação sobre apostas on-line. Em tom descontraído, a futurista comentou que não faz parte do público da influenciadora e atribuiu a aparição de conteúdos de Virginia em seus feeds a “um provável erro de algoritmo”.

Voz clonada por IA

Webb abriu a apresentação com uma mensagem em português gerada por inteligência artificial. Ela relatou ter utilizado a tecnologia para clonar a própria voz, já que não domina o idioma, e ressaltou que empresas ainda não estão totalmente preparadas para incorporar IA em seus processos.

“A maioria das companhias também não estava pronta no início da internet ou dos dispositivos móveis; vejo situação parecida agora”, avaliou. Para ela, há muita conversa sobre inteligência artificial, mas pouca inovação efetiva.

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Imagem: redir.folha.com.br

Potencial brasileiro

Durante o evento, Webb declarou “amor” ao Brasil, mas observou que grande parte da atividade econômica ainda se concentra em setores surgidos séculos atrás, como mineração e agricultura. Na visão da futurista, o país tem condições de liderar o futuro ao agregar tecnologia a essas áreas, comentário que recebeu aplausos da plateia.

Outros destaques do evento

Na véspera, o Rio Innovation Week também contou com a participação de John Maeda, vice-presidente de IA da Microsoft. Para demonstrar limitações de sistemas de inteligência artificial, Maeda pediu a dois modelos que contassem quantas vezes a letra “R” aparece em “strawberry”; as respostas divergentes ilustraram que, apesar de baseados em matemática, esses sistemas ainda cometem erros.

O Rio Innovation Week reúne executivos, pesquisadores e investidores para discutir tendências em tecnologia e inovação ao longo de quatro dias.

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