Aposentado de 65 anos precisará de US$ 172,5 mil em gastos médicos ao longo da aposentadoria, diz Fidelity

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Uma pessoa que completar 65 anos e se aposentar em 2025 deverá desembolsar, em média, US$ 172.500 com despesas de saúde durante toda a aposentadoria, segundo a estimativa anual de custos médicos da Fidelity Investments. O valor representa alta de 4% em relação ao cálculo divulgado no ano passado.

Crescimento contínuo dos gastos

Desde que o levantamento começou a ser feito, em 2002, o montante projetado para cobrir cuidados médicos na aposentadoria mais do que dobrou: na primeira edição, o valor era de US$ 80.000. De acordo com Chandler Riggs, vice-presidente de consultoria financeira da Fidelity, a combinação entre expectativa de vida maior e inflação médica acima da inflação geral explica a escalada dos custos.

Planejamento insuficiente

A pesquisa revelou que 17% dos entrevistados não tomaram qualquer medida para se preparar para essas despesas. Um em cada cinco nunca considera as necessidades de saúde ao planejar a aposentadoria, proporção que sobe para cerca de um em cada quatro entre os integrantes da Geração X.

O que está (e o que não está) incluído

O cálculo da Fidelity pressupõe que o aposentado esteja inscrito no Medicare Parte A e Parte B, além do Medicare Parte D, que cobre medicamentos. Estão considerados prêmios, coparticipações e outros gastos do próprio bolso. Custos de longo prazo, como cuidados prolongados, ficam fora da conta. Planos Medicare Advantage podem reduzir parte desses desembolsos, mas exigem prêmios mensais adicionais.

Risco de surpresa financeira

Matthew Gregory, diretor de planejamento da gestora The Bahnsen Group, lembra que muitos trabalhadores se acostumam a ter parte do custo de saúde descontado diretamente no contracheque e não avaliam a necessidade de cobertura suplementar ao Medicare, especialmente para cuidados de longo prazo. “Essas despesas podem crescer rapidamente e tornar-se um choque de realidade”, advertiu.

Efeito sobre a decisão de se aposentar

Segundo Riggs, o número elevado pode levar quem está perto de parar de trabalhar a rever se acumulou recursos suficientes, a adiar a aposentadoria ou a aceitar níveis de cobertura inferiores ao desejado, transferindo parte dos cuidados para familiares.

Imagem: Daniella Genovese FOXBusiness via foxbusiness.com

Confiança no Social Security em queda

O estudo da Fidelity foi divulgado pouco depois de uma pesquisa da AARP apontar que a confiança dos norte-americanos no Social Security caiu de 43% em 2020 para 36% em 2025, menor patamar desde 2010, quando ficou em 35%.

Opções de preparação

Para Riggs, começar a poupar cedo e investir os recursos destinados à saúde é fundamental. Ele destaca as contas de poupança para saúde (HSAs), que oferecem tripla vantagem tributária: contribuições dedutíveis, crescimento isento de impostos e retiradas livres de imposto para despesas médicas qualificadas.

Com informações de Fox Business