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Armínio Fraga diz que Brasil está em estado grave e precisa de reformas imediatas

Estratégias de investimento45 minutos atrás6 pontos de vista

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São Paulo – O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga afirmou que a economia brasileira se assemelha a um “paciente em estado grave” que exige tratamento urgente para evitar complicações. A avaliação foi feita no episódio mais recente do podcast Outliers, produzido pelo InfoMoney e apresentado por Clara Sodré e Fabiano Cintra.

“O Brasil não é um paciente terminal. Está em estado grave, mas tem amplo espaço para melhorar”, declarou Fraga, acrescentando que, com decisões corajosas, o país poderia crescer entre 3% e 4% ao ano por um período prolongado.

Juros como obstáculo recorrente

Para o economista, o principal entrave ao desenvolvimento continua sendo o nível elevado das taxas de juros, mantido por desequilíbrios fiscais e pelo baixo índice de poupança doméstica. “O grande problema do país sempre foi o juro. Grande parte disso vem da despoupança do governo e do fato de o Brasil poupar pouco”, disse.

Fraga destacou que o regime de metas de inflação, adotado nos anos 2000, trouxe previsibilidade à política monetária, mas avaliou que o mecanismo, por si só, é insuficiente para garantir estabilidade. “O termômetro dos juros está dizendo: cuidado. Esse paciente Brasil ainda está péssimo”, alertou.

Agenda de reformas

O sócio-fundador da Gávea Investimentos defendeu uma série de mudanças estruturais. Entre elas, citou ajustes na Previdência, uma reforma administrativa abrangente e a revisão de subsídios. Ele lembrou que, nas últimas décadas, o gasto público subiu de 25% para 34% do Produto Interno Bruto, enquanto o investimento diminuiu.

Armínio Fraga diz que Brasil está em estado grave e precisa de reformas imediatas - Imagem do artigo original

Imagem: infomoney.com.br

Além do campo econômico, Fraga ressaltou a necessidade de enfrentar problemas sociais e institucionais, como segurança pública, crime organizado e corrupção, fatores que, em sua visão, corroem a confiança do país e dificultam a recuperação.

Sem essas medidas, concluiu o economista, o Brasil continuará vulnerável aos riscos impostos pelos juros altos e pela falta de credibilidade fiscal.

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