Investidores que buscam renda passiva precisam ficar atentos ao calendário de proventos de cada companhia listada na B3. Duas datas determinam quem tem direito ao pagamento: data-com e data-ex.
A data-com representa o último pregão em que o acionista deve estar posicionado no ativo para participar da distribuição de dividendos. Se, por exemplo, a empresa ABC definir 10 de novembro como data-com, o comprador que adquirir as ações até essa sessão garantirá o recebimento, mesmo que o depósito aconteça dias ou semanas depois.
No pregão seguinte à data-com, inicia-se a data-ex. A partir desse momento, o título passa a ser negociado sem o benefício, e quem adquirir as ações não participará da rodada de distribuição anunciada.
Na data-ex, é comum o papel abrir com desconto equivalente ao valor que será distribuído. Um exemplo: se uma ação custa R$ 40 e pagará R$ 2 em dividendos, tende a começar o pregão seguinte à data-com por volta de R$ 38. O ajuste é pontual e não indica deterioração dos fundamentos; apenas reflete o valor que já pertence ao acionista.
O mesmo mecanismo vale para fundos imobiliários, ETFs e BDRs que remuneram cotistas. Nesses casos, o investidor também deve observar as datas divulgadas em comunicados oficiais.
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As empresas divulgam a programação de proventos em seus avisos aos acionistas e na área de Relações com Investidores (RI). Para acompanhar vários cronogramas simultaneamente, uma alternativa é a Agenda de Dividendos disponibilizada pelo InfoMoney, que consolida informações sobre datas, valores e tipos de pagamento.
Seguir o calendário ajuda a evitar surpresas, alinhar expectativas e planejar a estratégia de investimento com foco no retorno total, somando proventos e eventual valorização dos papéis.