Dallas (EUA) – A AT&T comunicou nesta segunda-feira, (data não divulgada), ao presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), Brendan Carr, que está encerrando todas as iniciativas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) e que passará a adotar exclusivamente critérios de mérito para contratações e promoções.
Em carta enviada a Carr, o vice-presidente executivo e diretor jurídico da empresa, David McAtee, afirmou que a operadora, que emprega cerca de 100 mil pessoas nos Estados Unidos, “sempre defendeu oportunidades baseadas em mérito” e reforçou o compromisso com igualdade de oportunidades e proibição de discriminação.
No documento, a companhia informou que não manterá cargos voltados a DEI, eliminará treinamentos específicos sobre o tema e não adotará cotas referentes a raça, gênero ou orientação sexual. “Nossa política de contratação, treinamento e desenvolvimento de carreira não será baseada nem limitada por características protegidas”, escreveu McAtee.
Na terça-feira, Carr publicou na rede social X que a AT&T “formalizou seu compromisso de encerrar políticas relacionadas à DEI”. O presidente da FCC vem prometendo utilizar todos os instrumentos regulatórios disponíveis para extinguir programas desse tipo nas empresas sob supervisão da agência.
A decisão da AT&T ocorre após outras grandes corporações — como Amazon, Meta, Lowe’s, McDonald’s, Verizon e T-Mobile — reduzirem ou encerrarem iniciativas semelhantes. O movimento ganhou força depois de mudanças no ambiente legal e de ações do governo do ex-presidente Donald Trump, que aboliu escritórios de DEI na esfera federal durante a primeira semana de mandato.
Imagem: Michael Sinkewicz FOXBusiness via foxbusiness.com
Reportagem do New York Post, citando o pesquisador Christopher Rufo, do Manhattan Institute, apontou que treinamentos anteriores da AT&T classificavam o racismo como “um traço exclusivamente branco” e afirmavam que funcionários brancos “eram o problema”.
Em novembro de 2024, a AT&T fechou acordo de US$ 1,02 bilhão para comprar licenças de espectro da U.S. Cellular, negócio que ainda depende de aprovação da FCC.
A empresa não detalhou quando as alterações internas entram em vigor nem comentou o impacto nas operações globais.