Autor afirma que modelo de Estado-nação perde força e que “Estados em rede” serão próximo paradigma

Criptomedas48 minutos atrás6 pontos de vista

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O modelo de Estado-nação, em vigor há cerca de 380 anos, está perdendo relevância, segundo Jarrad Hope, autor do livro “Farewell to Westphalia: Crypto Sovereignty and Post-Nation-State Governance” e cofundador da Logos, iniciativa que cria ferramentas em blockchain para comunidades digitais soberanas.

Em entrevista ao Cointelegraph, Hope afirmou que a internet e a tecnologia blockchain oferecem novos recursos para organizar a sociedade além das fronteiras geográficas, abrindo espaço para os chamados “Estados em rede”.

Ferramentas para governança digital

Entre os instrumentos citados pelo autor estão:

  • moedas digitais descentralizadas e resistentes à inflação;
  • registros imutáveis para documentos e transações;
  • plataformas de contratos inteligentes que automatizam acordos financeiros e legais;
  • protocolos de privacidade que protegem dados dos usuários;
  • organizações autônomas descentralizadas (DAOs) para governança comunitária transparente.

De acordo com Hope, esses recursos reduzem a necessidade de confiar em “burocratas não eleitos, pessoas desconhecidas e processos opacos” presentes nas estruturas estatais tradicionais.

Resistência dos Estados tradicionais

Para o cofundador da Logos, o principal obstáculo aos Estados em rede é a oposição de governos já estabelecidos e de grandes corporações. Ele citou o Online Safety Act do Reino Unido como exemplo de tentativa de controle centralizado sobre a infraestrutura digital.

Autor afirma que modelo de Estado-nação perde força e que “Estados em rede” serão próximo paradigma - Imagem do artigo original

Imagem: cointelegraph.com

Tentativas e desafios

Iniciativas de criar Estados digitais ou micronações independentes já foram lançadas, como a Bitnation, em 2014, que buscava estabelecer um Estado sem fronteiras baseado em blockchain. Contudo, nenhuma conseguiu se tornar plenamente soberana no ambiente virtual.

Especialistas ouvidos pela reportagem do Cointelegraph alertam que Estados tradicionais podem recorrer a regulamentações, ações judiciais ou mesmo força militar para conter a concorrência representada pelos Estados em rede.

O debate sobre novas formas de governança descentralizada continua a ganhar espaço dentro da comunidade cripto, impulsionado pelos princípios de transparência, acesso igualitário, imutabilidade e direito à privacidade.

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