O presidente da Azul, John Rodgerson, declarou nesta quinta-feira (14) que a companhia dispõe de “dinheiro suficiente” para encerrar o processo de recuperação judicial nos Estados Unidos (Chapter 11). Segundo o executivo, a empresa ainda avalia captar recursos no mercado caso encontre condições mais competitivas.
No segundo trimestre de 2025, a companhia aérea registrou lucro líquido de R$ 1,29 bilhão, revertendo o prejuízo de R$ 3,56 bilhões apurado um ano antes. Em maio, a Azul havia informado que pretendia concluir a saída do Chapter 11 até o início de 2026.
Apesar do resultado positivo no critério contábil, o prejuízo líquido ajustado foi de R$ 475,8 milhões, 29% inferior à perda ajustada de R$ 669,7 milhões registrada no mesmo período de 2024.
A receita operacional alcançou R$ 4,94 bilhões, recorde para um segundo trimestre e 18,4% acima do valor de um ano antes. O Ebitda ajustado somou R$ 1,14 bilhão, crescimento de 8,6% na comparação anual.
Rodgerson afirmou que a empresa “continua crescendo” e acrescentou que, para aumentar a rentabilidade, vem simplificando a malha aérea. Entre fevereiro e março, a Azul encerrou operações em 14 cidades e planeja sair gradualmente de cerca de 50 rotas.
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O diretor financeiro, Alexandre Malfitani, projeta geração de caixa robusta no segundo semestre. “Os resultados do segundo semestre são sempre melhores que os do primeiro. Houve estabilidade no preço do combustível e fortalecimento do real, o que também ajuda”, disse.
De acordo com a companhia, o desempenho foi impulsionado pela alta demanda e pelo crescimento das receitas auxiliares, além de estratégias de otimização de frota e ajustes de malha.