Banco do Brasil lidera bônus em estatais e paga PLR de até R$ 372,8 mil

Mercado Financeiro21 horas atrás7 pontos de vista

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Brasília – O Banco do Brasil registrou o maior pagamento de participação nos lucros e resultados (PLR) entre as estatais federais em 2025, com valores que chegaram a R$ 372,8 mil por empregado, de acordo com dados enviados pela instituição ao Ministério da Gestão e Inovação (MGI).

Valores acima de R$ 100 mil em seis empresas

Além do Banco do Brasil, pelo menos outras cinco companhias controladas pela União repassaram bônus superiores a R$ 100 mil a parte de seus funcionários, referentes ao desempenho de 2024.

No Banco do Brasil, o valor médio integral pago ficou em R$ 52 mil, alta de 5,6% em relação ao exercício anterior. O banco lucrou R$ 38 bilhões em 2024.

PPSA paga PLR pela primeira vez

A Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), responsável pela venda do petróleo pertencente à União nos contratos de partilha, distribuiu bônus entre R$ 22,39 mil e R$ 30,95 mil em maio de 2025. Foi a primeira vez que a estatal pagou PLR. Cada um dos 68 empregados recebeu, em média, R$ 27,6 mil. A PPSA informou ter arrecadado um recorde de R$ 10,3 bilhões em 2024, 71% a mais que em 2023.

Emgea triplica valor do bônus

A Empresa Gestora de Ativos (Emgea) elevou o pagamento a seus trabalhadores em abril deste ano. Os valores variaram de R$ 16,6 mil a R$ 68,5 mil, com média de R$ 32,6 mil – cerca de três vezes o repasse do ano anterior, que havia oscilado entre R$ 5,5 mil e R$ 22,8 mil. O presidente da estatal, Fernando Pimentel, recebeu R$ 57,9 mil. No total, 113 empregados ativos ou desligados dividiram R$ 3,13 milhões.

A Emgea registrou lucro de quase R$ 570 milhões em 2024, 128% superior ao de 2023, resultado atribuído à redução de custos operacionais e ao aumento de recursos vindos do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS).

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Imagem: redir.folha.com.br

ENBPar eleva desembolso apesar de queda no lucro

A Empresa Nacional de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar) pagou bônus de R$ 27 mil a R$ 87,9 mil em maio, com média de R$ 54,2 mil, 4,4% acima do valor de 2024. O custo total da PLR, entretanto, cresceu 28,8%, passando de R$ 4,8 milhões para R$ 6,2 milhões, pois um número maior de empregados recebeu o valor integral.

Mesmo com a redução de 26% no lucro líquido, que ficou em R$ 308,15 milhões em 2024, a estatal manteve o aumento. Entre os beneficiados está Adhemar Palocci, irmão de Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda, que embolsou R$ 87,6 mil – mais que o dobro do bônus do ano anterior.

BNDES paga média de R$ 141,3 mil

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou bônus médios de R$ 141,32 mil em 2025, avanço nominal de 8,8% ante 2024. O valor mais alto chegou a R$ 304,5 mil. A instituição informa que o montante permanece limitado a três salários, e que o aumento reflete reajustes salariais. Segundo o banco, o pagamento só ocorreu porque houve lucro e cumprimento das metas previstas na Lei das Estatais.

A distribuição de PLR é autorizada pela legislação e comum em empresas privadas, mas os montantes pagos pelas estatais chamam a atenção por envolverem recursos públicos ou ativos da União.

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