Bancos elevam taxas dos CDBs em novembro diante de disputa por recursos e reflexos do caso Master

Estratégias de investimento16 horas atrás14 Visualizações

Instituições financeiras reforçaram a remuneração dos Certificados de Depósito Bancário (CDBs) em novembro, impulsionadas pela concorrência por captação, pelos temores gerados pela liquidação extrajudicial do Banco Master e pela expectativa de cortes na Selic no início de 2024.

Pagamentos acima do CDI

<p Levada pela disputa entre bancos, a taxa média dos CDBs pós-fixados de 24 meses atingiu exatamente 100% do CDI, ante 98,97% em outubro, apontou levantamento da Quantum Finance. Para prazos de seis meses, a remuneração média subiu de 99,04% para 100,14% do CDI. Apenas os títulos com vencimento em 12 meses ficaram ligeiramente abaixo do indicador, ainda assim avançando de 99,06% para 99,17%.

Entre 1º de novembro e 1º de dezembro, a maior taxa registrada em papéis de três meses chegou a 106% do CDI, emitida pelo Paraná Banco; no prazo de seis meses, o pico foi de 103% do CDI, oferecido pelo Banco BMG. Já nos CDBs de 12 meses, o retorno máximo alcançou 106% do CDI, emitido pelo C6 Consignado.

Receio pós-Banco Master

Para Guilherme Almeida, head de renda fixa da Suno Research, o episódio da liquidação do Banco Master, decretada pelo Banco Central em 18 de novembro, elevou a percepção de risco e levou investidores a exigir prêmios maiores. Lauro Sawamura, gestor da Patagônia Capital, avalia que esse receio abriu os spreads dos ativos bancários.

Efeito da Selic nas taxas pós-fixadas

Sawamura acrescenta que a forte precificação de queda nos juros no primeiro trimestre de 2024 também reduz a demanda por pós-fixados, contribuindo para o aumento das remunerações.

Prefixados pagam até 15,68% ao ano

Nos CDBs prefixados, a taxa média variou de 12,91% a 15,66% ao ano, dependendo do prazo. O Santander Brasil ofereceu o maior retorno, de 15,68% ao ano, em títulos de três meses. Foram emitidos 57 papéis prefixados em novembro, ante 193 pós-fixados.

Indexados à inflação recuam

Os CDBs atrelados ao IPCA registraram queda nas remunerações. Para vencimentos em 24 meses, a taxa média recuou de IPCA + 8,13% em outubro para IPCA + 7,63% em novembro. Nos papéis de 36 meses, o retorno médio diminuiu de IPCA + 7,88% para IPCA + 7,42%.

Em 24 meses, a maior remuneração foi IPCA + 8,22%, oferecida pelo Haitong Brasil; em 36 meses, IPCA + 7,93%, paga pelo ABC Brasil.

Almeida alerta que, apesar dos juros mais altos, a escolha entre pós-fixados, prefixados ou indexados à inflação deve considerar o perfil de risco de cada investidor.

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