Barista de Chicago denuncia abuso verbal e sobrecarga após novas políticas da Starbucks

Dificuldades e desafios1 hora atrás6 pontos de vista

Anúncio

CHICAGO, EUA — Um barista com cinco anos de experiência na Starbucks afirmou que as condições de trabalho nas cafeterias da rede pioraram desde a chegada do CEO Brian Niccol, há cerca de um ano. Diego Franco, que atua na unidade da Oakton & Lee Street e é delegado de negociação do Starbucks Workers United, relatou casos frequentes de abuso verbal por parte de clientes e pressão interna para cumprir novas regras.

Reclamações sobre understaffing e novas exigências

Franco disse que a principal dificuldade é a falta de pessoal. Segundo ele, o número de funcionários por turno caiu de nove ou dez para quatro ou cinco, fazendo com que alguns clientes esperem pelo menos 20 minutos pelo pedido. “Eles ficam frustrados, começam a gritar e, às vezes, exigem falar com o gerente ou vão embora. Depois, precisamos continuar como se nada tivesse acontecido”, afirmou.

O barista criticou ainda a orientação que obriga os atendentes a escrever mensagens nos copos de todas as bebidas. “Se eu não escrever algo em cada copo que pego, corro o risco de levar uma bronca ou até ser demitido”, disse. Ele acrescentou que, após reclamações de clientes pelo tempo de espera, gerentes costumam apontar falhas dos trabalhadores em vez de oferecer suporte.

Barganha trabalhista sem avanço

Desde dezembro de 2021, mais de 12 mil funcionários de quase 650 lojas da Starbucks sindicalizaram-se, mas o primeiro contrato coletivo ainda não foi finalizado. Sessões de negociação ocorreram entre abril e dezembro de 2024, sem acordo. O Starbucks Workers United acusa a companhia de postergar o processo.

Ao assumir o comando, Niccol declarou “respeitar profundamente” o direito dos empregados de se sindicalizar e lançou o programa “Back to Starbucks”, voltado, segundo ele, a melhorar a experiência do cliente. Para Franco e outros colegas, as mudanças tornaram o dia a dia mais exaustivo.

Barista de Chicago denuncia abuso verbal e sobrecarga após novas políticas da Starbucks - Imagem do artigo original

Imagem: Emma Bussey FOXBusiness via foxbusiness.com

Críticas a gastos corporativos

Enquanto enfrenta reivindicações trabalhistas, a Starbucks registrou desempenho financeiro recorde e, segundo trabalhadores, direciona recursos a prioridades equivocadas. Entre os pontos questionados estão os US$ 81 milhões gastos em uma convenção de liderança em Las Vegas, bilhões distribuídos a acionistas e o pacote de remuneração de US$ 97,8 milhões recebido por Niccol em 2024.

“Os melhores momentos que tive no trabalho foram quando havia nove ou dez pessoas na loja. Agora somos quatro ou cinco na maioria dos dias”, relatou Franco, reforçando que o sindicato quer retomar as negociações. “Os baristas sindicalizados estão prontos para voltar à mesa e fechar um contrato justo.”

0 Votes: 0 Upvotes, 0 Downvotes (0 Points)

Anúncio

deixe uma resposta

Siga-nos!
Pesquisar tendência
Mais Vistos
carregamento

Entrar em 3 segundos...

Inscrever-se 3 segundos...