Uma proposta de imposto único de 5% sobre patrimônios superiores a US$ 1 bilhão levou alguns dos nomes mais influentes da tecnologia a considerar a saída da Califórnia. O plano, patrocinado pelo sindicato Service Employees International Union–United Healthcare Workers West, pode ser incluído na cédula estadual de novembro.
Se aprovada, a cobrança valeria para todos que residirem no estado em 1º de janeiro de 2026. Na prática, um contribuinte com US$ 20 bilhões em ativos teria de pagar US$ 1 bilhão, quitáveis em até cinco anos.
Palmer Luckey, cofundador da startup de defesa Anduril, afirmou na rede social X que o tributo o obrigaria a vender “grandes fatias” de suas companhias para arcar com a conta. Segundo ele, a medida desviaria dinheiro para “fraude, desperdício e favores políticos”.
O bilionário Peter Thiel, investidor de tecnologia e copresidente da Palantir, e Larry Page, cofundador do Google, também avaliam se desvincular do estado, de acordo com reportagem do New York Times. Thiel, cuja fortuna é estimada em US$ 27,5 bilhões, poderia ter de desembolsar cerca de US$ 1,2 bilhão.
Bill Ackman, gestor do Pershing Square, escreveu que a Califórnia “está em rota de autodestruição” caso avance com a proposta. Ele prevê que empreendedores buscarão outros destinos, levando receita tributária e empregos para fora.
Imagem: Amanda Macias FOXBusiness via foxbusiness.com
O governador Gavin Newsom declarou-se contrário ao novo imposto. Durante a conferência DealBook, do New York Times, ele destacou que não há motivo para pânico, mas reconheceu que a discussão reflete a crescente preocupação nacional com a desigualdade de riqueza.
Os defensores da iniciativa argumentam que a arrecadação compensaria cortes federais na área de saúde. A decisão final sobre a inclusão da medida na votação de novembro ainda depende do cumprimento das exigências formais de qualificação.