O Bitcoin (BTC) recuava nesta terça-feira (16) e era negociado a US$ 86.359 por volta das 11h, refletindo o enfraquecimento do apetite por risco observado nos mercados norte-americanos.
A queda acompanha o movimento dos contratos futuros de ações em Nova York, que apontavam para mais uma sessão negativa em Wall Street após a divulgação dos dados de emprego dos Estados Unidos. Embora a criação de vagas tenha se recuperado em novembro, a taxa de desemprego permaneceu em 4,6%, alimentando preocupações sobre a força da economia.
Desde o pico histórico acima de US$ 126 mil alcançado no início de outubro, o BTC acumula baixa de cerca de 30%. Entre as demais criptomoedas, o Ethereum (ETH) era cotado a US$ 2.899, com recuo de 7,4% nas últimas 24 horas.
Na segunda-feira (15), os fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin e Ethereum listados nos Estados Unidos registraram resgates líquidos combinados de US$ 582 milhões, maior volume desde 20 de novembro. Levantamento da Glassnode mostra que o custo médio de aquisição do BTC por esses veículos está próximo de US$ 83 mil, patamar que vem atuando como suporte nas recentes correções.
Analistas observam que a pressão vendedora sobre o Bitcoin coincide com a rotação de carteiras no mercado acionário, onde investidores trocam papéis de crescimento por ações de valor depois de um ano marcado por recordes em empresas ligadas à inteligência artificial.
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Na análise técnica, a trader Ana de Mattos aponta que a continuidade das vendas pode levar o BTC aos suportes de US$ 85.600 e US$ 79.000. Caso o movimento se reverta, as resistências ficam em US$ 94.500 e US$ 101.300.
Para o Ethereum, a especialista destaca suporte relevante em US$ 2.840. Se houver recuperação, as resistências situam-se em US$ 3.415 e US$ 3.890.